ERA UMA VEZ UMA PEQUENA FORMIGA CHAMADA FIFÍ, QUE VIVIA EM UM FORMIGUEIRO ESCONDIDO ENTRE AS RAÍZES DE UMA GRANDE ÁRVORE NO PARQUE DA CIDADE. FIFÍ ERA CURIOSA E ADORAVA EXPLORAR O MUNDO AO SEU REDOR. ENQUANTO SUAS IRMÃS TRABALHAVAM INCANSAVELMENTE CARREGANDO FOLHAS E MIGALHAS DE COMIDA PARA O FORMIGUEIRO, FIFÍ SONHAVA COM AVENTURAS ALÉM DOS GALHOS E RAÍZES.

CERTO DIA, ENQUANTO PASSEAVA PELO PARQUE, FIFÍ VIU ALGO BRILHANDO SOB A LUZ DO SOL. CURIOSA, APROXIMOU-SE E ENCONTROU UMA MOEDA DOURADA, UM POUCO MAIOR QUE ELA, RELUZINDO NA TERRA. A MOEDA PARECIA MÁGICA, DIFERENTE DE QUALQUER COISA QUE ELA JÁ TIVESSE VISTO. ENCANTADA, A PEQUENA FORMIGA TENTOU EMPURRÁ-LA, MAS ERA MUITO PESADA. FOI ENTÃO QUE OUVIU UMA VOZ SUAVE SUSSURRANDO:

— OBRIGADO POR ME ENCONTRAR, PEQUENA FORMIGA.

FIFÍ OLHOU AO REDOR, SURPRESA. NÃO VIU NINGUÉM.

— AQUI EMBAIXO! — DISSE A VOZ NOVAMENTE.

ERA A PRÓPRIA MOEDA QUE FALAVA! SEUS OLHOS BRILHARAM DE EMOÇÃO.

— VOCÊ... VOCÊ PODE FALAR? — PERGUNTOU A FORMIGA, INCRÉDULA.

— SIM, E POSSO CONCEDER DESEJOS! — RESPONDEU A MOEDA COM UM TOM ALEGRE. — MAS APENAS UM DESEJO PARA CADA CRIATURA QUE ME ENCONTRAR.

FIFÍ FICOU TÃO ANIMADA QUE SUAS PATINHAS TREMERAM. ELA NUNCA TEVE UM DESEJO ANTES! PODERIA PEDIR QUALQUER COISA..., MAS O QUÊ? PENSOU, PENSOU, E FINALMENTE DISSE:

— QUERO SER GRANDE COMO OS HUMANOS! ASSIM PODEREI EXPLORAR O MUNDO TODO SEM MEDO!

A MOEDA BRILHOU INTENSAMENTE E, NUM PISCAR DE OLHOS, FIFÍ COMEÇOU A CRESCER. CRESCEU, CRESCEU, ATÉ FICAR DO TAMANHO DE UMA CRIANÇA HUMANA. ASSUSTADA E MARAVILHADA AO MESMO TEMPO, OLHOU PARA SUAS NOVAS PATAS, AGORA GRANDES COMO BRAÇOS.

— UAU! ISSO É INCRÍVEL! — EXCLAMOU.

ELA PODIA VER TUDO DE UMA NOVA PERSPECTIVA. AS ÁRVORES PARECIAM MENORES, E AS PESSOAS QUE ANTES ERAM GIGANTES AGORA ERAM APENAS UM POUCO MAIORES DO QUE ELA. EMPOLGADA, DECIDIU EXPLORAR O PARQUE COMO NUNCA.

AO CAMINHAR PELA GRAMA, PERCEBEU QUE TODOS OS INSETOS A OLHAVAM COM ESPANTO. SEUS AMIGOS DO FORMIGUEIRO FUGIRAM ASSUSTADOS, POIS NÃO A RECONHECERAM MAIS.

— ESPEREM! SOU EU, A FIFÍ! — GRITOU ELA, MAS AS OUTRAS FORMIGAS JÁ HAVIA SE ESCONDIDO.

TRISTE, FIFÍ PERCEBEU QUE, AO REALIZAR SEU DESEJO, ACABARA SE AFASTANDO DE SUA FAMÍLIA. ENTÃO, TEVE OUTRA IDEIA. SE ELA ERA GRANDE O SUFICIENTE PARA INTERAGIR COM OS HUMANOS, TALVEZ PUDESSE ENCONTRAR ALGUÉM PARA AJUDÁ-LA A VOLTAR AO NORMAL.

ELA CAMINHOU PELA CIDADE, DESPERTANDO OLHARES CURIOSOS E ASSUSTADOS. AFINAL, NUNCA SE VIRA UMA FORMIGA GIGANTE ANTES! FOI ENTÃO QUE ENCONTROU UMA MENINA CHAMADA SOFIA, QUE, AO INVÉS DE CORRER, SORRIU PARA ELA.

— OI! QUEM É VOCÊ? — PERGUNTOU A MENINA, ENCANTADA.

— MEU NOME É FIFÍ, E EU ERA UMA FORMIGA PEQUENININHA ATÉ ENCONTRAR UMA MOEDA MÁGICA! — EXPLICOU ELA RAPIDAMENTE.

— MOEDA MÁGICA? QUE INCRÍVEL! ONDE ELA ESTÁ? — PERGUNTOU SOFIA, ANIMADA.

— NO PARQUE, MAS NÃO SEI SE ELA AINDA ESTÁ LÁ... — RESPONDEU A FORMIGA, PREOCUPADA.

— VAMOS PROCURÁ-LA! — DISSE SOFIA, PEGANDO A MÃO DA FORMIGA GIGANTE.

JUNTAS, VOLTARAM AO PARQUE. FELIZMENTE, A MOEDA AINDA ESTAVA NO MESMO LUGAR, BRILHANDO AO SOL.

— VOCÊ VOLTOU, FIFÍ! — DISSE A MOEDA, COM SUA VOZ SUAVE. — GOSTOU DO SEU DESEJO?

A FORMIGA SUSPIROU.

— FOI DIVERTIDO SER GRANDE, MAS PERCEBI QUE MINHA FAMÍLIA É MUITO IMPORTANTE PARA MIM. QUERO VOLTAR A SER DO MEU TAMANHO NORMAL, POR FAVOR.

A MOEDA BRILHOU NOVAMENTE E, NUM INSTANTE, FIFÍ VOLTOU AO SEU TAMANHO ORIGINAL. ELA OLHOU PARA SUAS PEQUENAS PATAS E SUSPIROU ALIVIADA. SOFIA SORRIU E SE ABAIXOU PARA VÊ-LA MELHOR.

— VOU SENTIR SAUDADES DE VOCÊ, FIFÍ! — DISSE A MENINA.

— E EU DE VOCÊ! — RESPONDEU A FORMIGUINHA. — OBRIGADA POR ME AJUDAR!

COM UM ÚLTIMO ACENO DE ADEUS, FIFÍ CORREU DE VOLTA PARA SEU FORMIGUEIRO. DESSA VEZ, ELA NÃO QUERIA MAIS AVENTURAS SOLITÁRIAS. ESTAVA FELIZ EM CASA, AO LADO DE SUA FAMÍLIA.

QUANTO À MOEDA ENCANTADA, NINGUÉM SABE ONDE ELA ESTÁ AGORA... TALVEZ ESTEJA ESPERANDO QUE OUTRA CRIATURINHA CURIOSA A ENCONTRE E PEÇA UM NOVO DESEJO!