ERA UMA VEZ UMA MENINA CHAMADA ROVENA, QUE MORAVA EM UMA PEQUENA VILA CERCADA POR MONTANHAS E BOSQUES ENCANTADOS. ROVENA ERA CURIOSA E ADORAVA DESMONTAR COISAS PARA ENTENDER COMO FUNCIONAVAM. SEU AVÔ, UM VELHO INVENTOR CHAMADO ERNESTO, SEMPRE LHE DIZIA:

— MINHA QUERIDA, PARA CADA PROBLEMA EXISTE UMA SOLUÇÃO, E ÀS VEZES UM SIMPLES PARAFUSO PODE FAZER TODA A DIFERENÇA!

CERTA MANHÃ, ROVENA ACORDOU ANIMADA, POIS ERA O DIA DA FEIRA DAS INVENÇÕES DA VILA. SEU AVÔ HAVIA CRIADO UMA ENGENHOCA INCRÍVEL: UM CARRINHO MOVIDO A VENTO. NO ENTANTO, ENQUANTO AJUDAVA A AJUSTAR OS ÚLTIMOS DETALHES DA INVENÇÃO, ALGO TERRÍVEL ACONTECEU. UM PEQUENO PARAFUSO ROLOU PARA DEBAIXO DA MESA E DESAPARECEU.

— ESSE PARAFUSO É ESSENCIAL PARA O CARRINHO FUNCIONAR! — DISSE ERNESTO, COÇANDO A CABEÇA. — SEM ELE, A INVENÇÃO NÃO SE MOVERÁ.

ROVENA SABIA QUE NÃO PODIA DEIXAR SEU AVÔ DECEPCIONADO. DECIDIU PROCURAR O PARAFUSO POR TODA A CASA, MAS NÃO O ENCONTROU. FOI ENTÃO QUE SE LEMBROU DE SUA MELHOR AMIGA, TÁBATA, UMA MENINA ESPERTA QUE SEMPRE SABIA COMO RESOLVER OS PROBLEMAS MAIS DIFÍCEIS.

TÁBATA MORAVA EM UMA CASA AZUL NO ALTO DA COLINA. QUANDO ROVENA CHEGOU LÁ E EXPLICOU O PROBLEMA, TÁBATA SORRIU E DISSE:

— SE PRECISAMOS DE UM PARAFUSO ESPECIAL, TALVEZ POSSAMOS ENCONTRAR UM NA FLORESTA DOS ACHADOS!

A FLORESTA DOS ACHADOS ERA UM LUGAR MÁGICO ONDE AS COISAS PERDIDAS COSTUMAVAM APARECER. AS DUAS MENINAS CORRERAM ATÉ LÁ E COMEÇARAM A PROCURAR ENTRE AS FOLHAS E GALHOS. ENCONTRARAM PENAS COLORIDAS, BOTÕES BRILHANTES E ATÉ UM VELHO RELÓGIO QUEBRADO, MAS NADA DO PARAFUSO.

DE REPENTE, OUVIRAM UM BARULHO ESTRANHO VINDO DE UM BURACO ENTRE AS RAÍZES DE UMA ÁRVORE. QUANDO SE APROXIMARAM, VIRAM UM ESQUILO SEGURANDO ALGO BRILHANTE NAS PATINHAS.

— SENHOR ESQUILO, POR ACASO ESSE É UM PARAFUSO? — PERGUNTOU ROVENA.

O ESQUILO OLHOU PARA ELA COM SEUS OLHINHOS ESPERTOS E ACENOU COM A CABEÇA.

— SIM! MAS ESTE PARAFUSO CAIU DO MEU BRINQUEDO DE MADEIRA. EU PRECISO DELE PARA CONTINUAR BRINCANDO. — RESPONDEU O ESQUILO.

ROVENA E TÁBATA PENSARAM POR UM MOMENTO. ELAS NÃO QUERIAM TIRAR O BRINQUEDO DO ESQUILO, MAS PRECISAVAM MUITO DO PARAFUSO. ENTÃO, ROVENA TEVE UMA IDEIA:

— PODEMOS ENCONTRAR OUTRO PARAFUSO PARA O SEU BRINQUEDO SE NOS DER ESSE. O QUE ACHA?

O ESQUILO BALANÇOU O RABINHO, PARECENDO INTERESSADO.

— SE CONSEGUIREM UM PARAFUSO DOURADO COMO ESTE, EU ACEITO A TROCA!

AS MENINAS SAÍRAM EM BUSCA DO PARAFUSO DOURADO. ELAS LEMBRARAM QUE O SENHOR FERREIRO DA VILA COSTUMAVA TER PEÇAS BRILHANTES EM SUA OFICINA. CORRERAM ATÉ LÁ E EXPLICARAM A SITUAÇÃO.

— ORA, ORA! UM PARAFUSO DOURADO? ACHO QUE POSSO AJUDAR! — DISSE O FERREIRO, PEGANDO UMA PEQUENA CAIXA CHEIA DE PEÇAS METÁLICAS.

ELE ENCONTROU UM PARAFUSO DOURADO PERFEITO E O ENTREGOU ÀS MENINAS. ANIMADAS, ELAS CORRERAM DE VOLTA PARA A FLORESTA E O ENTREGARAM AO ESQUILO, QUE FICOU TÃO FELIZ QUE DEU ATÉ UM PULO DE ALEGRIA!

— AQUI ESTÁ O PARAFUSO QUE PRECISAVAM! — DISSE ELE, ENTREGANDO O PEQUENO OBJETO PRATEADO PARA ROVENA.

AS MENINAS AGRADECERAM E CORRERAM DE VOLTA PARA A CASA DO AVÔ ERNESTO. QUANDO CHEGARAM, ELE JÁ ESTAVA PREOCUPADO, MAS FICOU RADIANTE AO VER QUE ELAS TINHAM ENCONTRADO O PARAFUSO PERDIDO.

ROVENA RAPIDAMENTE O ENCAIXOU NO CARRINHO MOVIDO A VENTO. COM UM PEQUENO AJUSTE, A ENGENHOCA COMEÇOU A SE MOVER SOZINHA, DESLIZANDO SUAVEMENTE PELO CHÃO!

NA FEIRA DAS INVENÇÕES, O CARRINHO DE ERNESTO FOI UM GRANDE SUCESSO! TODOS FICARAM IMPRESSIONADOS, E ROVENA E TÁBATA APRENDERAM QUE, COM CRIATIVIDADE E AMIZADE, QUALQUER PROBLEMA PODE SER RESOLVIDO.

E ASSIM, A VILA TEVE UMA FEIRA INESQUECÍVEL, E ROVENA NUNCA MAIS SE ESQUECEU DAS PALAVRAS DO AVÔ: ÀS VEZES, UM SIMPLES PARAFUSO PODE FAZER TODA A DIFERENÇA!