ERA UMA VEZ UM MENINO CHAMADO LÉO, QUE MORAVA EM UMA RUA CHEIA DE ÁRVORES E CASAS COLORIDAS. ELE ADORAVA BRINCAR AO AR LIVRE, CORRER ATRÁS DAS BORBOLETAS E CONSTRUIR CASTELOS DE AREIA NO PARQUINHO. MAS, UM DIA, LÉO ACORDOU SENTINDO-SE MUITO CANSADO E COM FEBRE.

— MAMÃE, ESTOU ME SENTINDO ESTRANHO... — DISSE ELE, COM A VOZ FRAQUINHA.

A MÃE DE LÉO COLOCOU A MÃO EM SUA TESTA E PERCEBEU QUE ELE ESTAVA QUENTE.

— VOCÊ ESTÁ DOENTE, MEU AMOR. VAMOS DESCANSAR UM POUCO PARA MELHORAR.

LÉO NÃO GOSTAVA DE FICAR DOENTE, POIS ISSO SIGNIFICAVA QUE ELE NÃO PODERIA SAIR PARA BRINCAR NA RUA COM SEUS AMIGOS. ELE OLHAVA PELA JANELA DO QUARTO E VIA AS CRIANÇAS CORRENDO, BRINCANDO DE PIPA E PULANDO AMARELINHA. SEU CORAÇÃO APERTAVA DE VONTADE DE ESTAR LÁ COM ELAS.

— MAMÃE, QUANDO VOU MELHORAR? QUERO BRINCAR LÁ FORA! — PERGUNTOU ELE, DESANIMADO.

— VOCÊ PRECISA DESCANSAR E TOMAR O REMÉDIO. LOGO, LOGO, ESTARÁ MELHOR E PODERÁ VOLTAR PARA SUAS AVENTURAS NA RUA — RESPONDEU A MÃE, COM UM SORRISO CARINHOSO.

ENQUANTO ESTAVA DEITADO, LÉO COMEÇOU A IMAGINAR QUE A RUA ESTAVA TRISTE SEM ELE. SERÁ QUE A CALÇADA SENTIA FALTA DE SEUS PASSINHOS APRESSADOS? E A ÁRVORE GRANDE DA ESQUINA, SENTIRIA SAUDADES DE SUAS TENTATIVAS DE ESCALÁ-LA?

FOI ENTÃO QUE ELE TEVE UMA IDEIA: SE NÃO PODIA IR ATÉ A RUA, LEVARIA A RUA ATÉ ELE! PEGOU UM CADERNO E LÁPIS DE COR E COMEÇOU A DESENHAR SUA RUA FAVORITA. DESENHOU O POSTE ONDE SEMPRE SE APOIAVA PARA DESCANSAR, O SENHOR JOÃO, QUE VENDIA DOCES NA ESQUINA, E ATÉ MESMO A POÇA DE LAMA QUE APARECIA DEPOIS DA CHUVA.

— QUE DESENHO LINDO! — DISSE A MÃE, ADMIRANDO A CRIATIVIDADE DE LÉO.

— ASSIM, POSSO SENTIR QUE ESTOU LÁ FORA, MESMO ESTANDO AQUI DENTRO! — RESPONDEU ELE, ANIMADO.

NO DIA SEGUINTE, SEUS AMIGOS, AO PERCEBEREM SUA AUSÊNCIA, FORAM ATÉ A JANELA DO QUARTO DELE.

— LÉO! ESTAMOS COM SAUDADES! QUEREMOS QUE VOCÊ MELHORE LOGO! — DISSE SOFIA, SEGURANDO UM PIRULITO PARA ELE.

PEDRO, OUTRO AMIGO, TEVE UMA IDEIA:

— E SE BRINCARMOS DAQUI? PODEMOS FAZER UMA HISTÓRIA JUNTOS!

E ASSIM FIZERAM! LÉO CONTAVA PARTES DA HISTÓRIA DE DENTRO DO QUARTO, ENQUANTO OS AMIGOS COMPLETAVAM DO LADO DE FORA. CRIARAM UM MUNDO MÁGICO ONDE A RUA SE TRANSFORMAVA EM UM RIO ENCANTADO E OS POSTES VIRAVAM ÁRVORES GIGANTES.

A DIVERSÃO FOI TANTA QUE, MESMO DOENTE, LÉO SE SENTIU FELIZ. AOS POUCOS, COM O DESCANSO E OS CUIDADOS DA MAMÃE, ELE FOI MELHORANDO. E QUANDO FINALMENTE PÔDE SAIR PARA BRINCAR, A RUA PARECIA AINDA MAIS ESPECIAL.

ELE CORREU ATÉ SEUS AMIGOS E DISSE:

— OBRIGADO POR TRAZEREM A RUA ATÉ MIM! AGORA, ESTOU PRONTO PARA BRINCAR DE VERDADE!

E ASSIM, LÉO APRENDEU QUE, MESMO NOS DIAS DIFÍCEIS, A IMAGINAÇÃO E OS AMIGOS PODEM TORNAR TUDO MAIS DIVERTIDO. E A RUA, BEM... ELA CONTINUOU LÁ, ESPERANDO POR SUAS NOVAS AVENTURAS!