ERA UMA VEZ UM MENINO CHAMADO PEDRO QUE ADORAVA BRINCAR NO QUINTAL DA SUA CASA. ENTRE SEUS BRINQUEDOS FAVORITOS, HAVIA UMA BOLA AZUL E UMA GARRAFA DE VIDRO QUE ELE USAVA PARA CAPTURAR PEQUENOS INSETOS E OBSERVAR SUA NATUREZA CURIOSA.

CERTA TARDE, PEDRO E SUA MELHOR AMIGA, BIA, DECIDIRAM JOGAR FUTEBOL. ELES CHUTAVAM A BOLA DE UM LADO PARA O OUTRO, RINDO E SE DIVERTINDO. MAS, DE REPENTE, PEDRO CHUTOU A BOLA COM TANTA FORÇA QUE ELA VOOU PARA DENTRO DA MATA QUE FICAVA NO FIM DO QUINTAL.

— AH, NÃO! MINHA BOLA! — EXCLAMOU PEDRO.

— VAMOS BUSCÁ-LA! — DISSE BIA, ANIMADA.

OS DOIS CORRERAM EM DIREÇÃO À MATA. O SOL JÁ COMEÇAVA A SE PÔR, PINTANDO O CÉU DE TONS ALARANJADOS. ELES ENTRARAM ENTRE AS ÁRVORES E PROCURARAM POR TODOS OS LADOS, MAS A BOLA PARECIA TER DESAPARECIDO.

FOI ENTÃO QUE PEDRO AVISTOU ALGO BRILHANDO ENTRE AS FOLHAS. ELE SE APROXIMOU E VIU UMA GARRAFA DE VIDRO MUITO BONITA, COM UM LÍQUIDO DOURADO DENTRO. AO PEGÁ-LA, PERCEBEU QUE HAVIA UMA PEQUENA ETIQUETA COLADA NELA, ONDE ESTAVA ESCRITO: “POÇÃO DA IMAGINAÇÃO”.

— O QUE SERÁ ISSO? — PERGUNTOU BIA, CURIOSA.

PEDRO DEU DE OMBROS. SEM PENSAR DUAS VEZES, ELE ABRIU A GARRAFA E SENTIU UM CHEIRO DOCE, PARECIDO COM MEL. ENTÃO, UMA BRISA FORTE SOPROU, E TUDO AO REDOR DELES MUDOU!

A MATA SE TRANSFORMOU EM UM CAMPO VASTO E COLORIDO, COM FLORES GIGANTES E BORBOLETAS DO TAMANHO DE PÁSSAROS. NO MEIO DAQUELE NOVO MUNDO, ESTAVA A BOLA AZUL DE PEDRO, MAS ELA NÃO ERA MAIS UMA SIMPLES BOLA: TINHA ASAS E VOAVA COMO UM PASSARINHO!

— NOSSA! OLHA SÓ! — EXCLAMOU BIA, MARAVILHADA.

A BOLA BATEU AS ASAS E SAIU VOANDO PELO CÉU. PEDRO E BIA CORRERAM ATRÁS DELA, RINDO E SE SENTINDO DENTRO DE UM SONHO. NO CAMINHO, ENCONTRARAM CRIATURAS FANTÁSTICAS: UM COELHO FALANTE, UMA LAGARTA GIGANTE QUE ADORAVA CONTAR HISTÓRIAS E UMA CORUJA DE PENAS DOURADAS QUE LHES ENSINOU UMA CANÇÃO MÁGICA.

MAS ELES NÃO PODIAM ESQUECER SEU OBJETIVO: RECUPERAR A BOLA! DEPOIS DE MUITO CORREREM, PERCEBERAM QUE A BOLA VOADORA POUSOU NO TOPO DE UMA ÁRVORE IMENSA. COMO PODERIAM ALCANÇÁ-LA?

— SE ESSA GARRAFA TEM UM LÍQUIDO MÁGICO, TALVEZ POSSA NOS AJUDAR DE NOVO! — DISSE BIA.

PEDRO OLHOU PARA A GARRAFA E PERCEBEU QUE AINDA HAVIA UM POUCO DA POÇÃO DENTRO. ELE BEBEU UM GOLE E, DE REPENTE, SENTIU-SE LEVE COMO O VENTO. OLHOU PARA BIA E VIU QUE ELA TAMBÉM ESTAVA FLUTUANDO!

OS DOIS DERAM RISADAS E COMEÇARAM A VOAR, SUBINDO CADA VEZ MAIS ALTO ATÉ ALCANÇAREM A BOLA. COM UM TOQUE SUAVE, PEDRO PEGOU SUA BOLA DE VOLTA.

— CONSEGUIMOS! — ELE GRITOU DE ALEGRIA.

ASSIM QUE TOCARAM O CHÃO NOVAMENTE, UM REDEMOINHO COLORIDO SURGIU AO REDOR DELES. TUDO GIROU RAPIDAMENTE, E, NUM PISCAR DE OLHOS, PEDRO E BIA ESTAVAM DE VOLTA AO QUINTAL, COMO SE NADA TIVESSE ACONTECIDO.

— UAU! FOI REAL? — PERGUNTOU PEDRO, AINDA SEGURANDO SUA BOLA.

BIA OLHOU PARA A GARRAFA. ESTAVA VAZIA AGORA, MAS O BRILHO DOURADO AINDA PERMANECIA EM SEU VIDRO.

— ACHO QUE SIM — RESPONDEU ELA COM UM SORRISO.

PEDRO OLHOU PARA O CÉU, ONDE O SOL JÁ SE PUNHA. GUARDOU A GARRAFA COM CUIDADO E SEGUROU SUA BOLA COM CARINHO. TALVEZ, UM DIA, AQUELA GARRAFA OS LEVASSEM PARA OUTRA AVENTURA MÁGICA!

E ASSIM, COM CORAÇÕES CHEIOS DE ALEGRIA, PEDRO E BIA VOLTARAM PARA CASA, SONHANDO COM AS MARAVILHAS QUE TINHAM VIVIDO E COM AS MUITAS OUTRAS QUE AINDA PODERIAM DESCOBRIR.