LÁ NO VILAREJO DE PÉROLA AZUL, VIVIA UMA MENINA CHAMADA CLARA. ELA ERA CURIOSA, ADORAVA AVENTURAS E SEMPRE ESTAVA PRONTA PARA DESVENDAR OS MISTÉRIOS DO MUNDO AO SEU REDOR. UM DIA, ENQUANTO AJUDAVA SUA AVÓ A ORGANIZAR O SÓTÃO, ENCONTROU UMA TOALHA MUITO DIFERENTE DAS OUTRAS. ERA AZUL COMO O CÉU AO ENTARDECER E TINHA BORDADOS DOURADOS QUE BRILHAVAM À LUZ DO SOL.

— VOVÓ, DE ONDE VEIO ESSA TOALHA? — PERGUNTOU CLARA, SEGURANDO-A COM CUIDADO.

A AVÓ SORRIU MISTERIOSAMENTE E DISSE: — ESSA É UMA TOALHA ESPECIAL, MINHA QUERIDA. DIZEM QUE QUEM SENTA NELA PODE VIAJAR PARA LUGARES MÁGICOS.

OS OLHOS DE CLARA BRILHARAM. ELA NÃO RESISTIU E, AO COLOCAR A TOALHA SOBRE UMA CADEIRA DE BALANÇO NO MEIO DO SÓTÃO, SENTOU-SE. MAL TEVE TEMPO DE PISCAR, E UM VENTO SUAVE COMEÇOU A GIRAR AO SEU REDOR. DE REPENTE, TUDO MUDOU!

CLARA SE VIU EM UM CAMPO VERDEJANTE, CERCADO POR FLORES QUE CANTAVAM CANÇÕES SUAVES. NO CÉU, PASSARINHOS COLORIDOS DANÇAVAM EM FORMAÇÃO, COMO SE ESTIVESSEM DANDO BOAS-VINDAS. NO MEIO DO CAMPO, HAVIA UMA GRANDE ÁRVORE COM PORTAS E JANELAS, COMO UMA CASA.

— OLÁ? TEM ALGUÉM AQUI? — CHAMOU CLARA.

A PORTA DA ÁRVORE SE ABRIU E DE DENTRO SAIU UM ESQUILO DE CHAPÉU VERMELHO.

— BEM-VINDA AO REINO DA TOALHA ENCANTADA! — DISSE O ESQUILO, ANIMADO. — SOU QUIRILO, O GUARDIÃO DESSE LUGAR. FAZ TEMPO QUE NINGUÉM NOS VISITA!

CLARA NÃO CONTEVE O ENTUSIASMO. — O QUE TEM PARA CONHECER AQUI?

QUIRILO SORRIU E APONTOU PARA UMA TRILHA BRILHANTE. — MUITAS COISAS! MAS, PRIMEIRO, PRECISO DA SUA AJUDA. A FADA DAS CADEIRAS PERDEU SEU TRONO E ESTÁ MUITO TRISTE. SEM ELE, ELA NÃO PODE CONCEDER DESEJOS. PODEMOS PROCURÁ-LO JUNTOS?

— CLARO! — RESPONDEU CLARA.

OS DOIS SEGUIRAM PELA TRILHA ATÉ CHEGAR A UM RIACHO DE ÁGUA DOURADA. DO OUTRO LADO, UMA PEQUENA CADEIRA FLUTUAVA, RODEADA POR PEIXES BRILHANTES.

— AÍ ESTÁ! — EXCLAMOU QUIRILO. — MAS COMO VAMOS ATRAVESSAR?

CLARA PENSOU E LEMBROU-SE DA TOALHA. — E SE A USARMOS COMO UM TAPETE PARA ATRAVESSAR?

ELA COLOCOU A TOALHA SOBRE A ÁGUA, E, COMO MÁGICA, ELA SE TRANSFORMOU EM UMA PONTE. ELES ATRAVESSARAM COM CUIDADO E PEGARAM A PEQUENA CADEIRA.

QUANDO VOLTARAM, A FADA DAS CADEIRAS FICOU TÃO FELIZ QUE CONCEDEU UM DESEJO A CLARA. — QUERO VOLTAR PARA CASA, MAS ESPERO PODER VISITAR ESTE LUGAR DE NOVO! — DISSE A MENINA.

A FADA SORRIU E, NUM PISCAR DE OLHOS, CLARA ESTAVA DE VOLTA AO SÓTÃO, SENTADA NA CADEIRA DE BALANÇO, SEGURANDO A TOALHA.

DESDE ENTÃO, CLARA GUARDOU A TOALHA COM CARINHO E, SEMPRE QUE QUERIA UMA NOVA AVENTURA, SABIA EXATAMENTE ONDE ENCONTRÁ-LA.