ERA UMA VEZ UM CACHORRINHO CHAMADO TICO, QUE VIVIA EM UMA PEQUENA VILA CERCADA POR COLINAS VERDES E RIACHOS CRISTALINOS. TICO ERA ALEGRE, CURIOSO E ADORAVA BRINCAR COM SEUS AMIGOS, MAS HAVIA ALGO QUE ELE DESEJAVA MAIS DO QUE TUDO: CORRER TÃO RÁPIDO QUANTO O VENTO.

TODOS OS DIAS, TICO OBSERVAVA OS CAVALOS GALOPANDO PELOS CAMPOS E OS PASSARINHOS VOANDO RÁPIDO PELO CÉU. ELE SUSPIRAVA E PENSAVA: "AH, COMO EU QUERIA CORRER ASSIM, LIVRE E VELOZ!"

SEUS AMIGOS, O COELHO BOLOTA, A TARTARUGA LILI E O GATO NINO, SEMPRE DIZIAM: — TICO, VOCÊ JÁ CORRE MUITO BEM! MAS TICO BALANÇAVA A CAUDA E RESPONDIA: — NÃO É O BASTANTE! QUERO CORRER MAIS RÁPIDO DO QUE QUALQUER UM!

UM DIA, ENQUANTO EXPLORAVA A FLORESTA, TICO ENCONTROU UM VELHO CORVO CHAMADO SABINO, QUE ERA CONHECIDO POR SER MUITO SÁBIO. — ORA, ORA, O QUE FAZ UM CACHORRINHO TÃO APRESSADO POR AQUI? — PERGUNTOU SABINO. TICO EXPLICOU SEU DESEJO DE CORRER MAIS RÁPIDO, E SABINO SORRIU. — SE É VELOCIDADE QUE VOCÊ QUER, PRECISA ENCONTRAR AS PÉTALAS DO VENTO. DIZEM QUE QUEM ENCONTRAR ESSAS PÉTALAS GANHA A LEVEZA DA BRISA.

CURIOSO E DETERMINADO, TICO DECIDIU PARTIR EM BUSCA DAS MISTERIOSAS PÉTALAS. SEUS AMIGOS INSISTIRAM EM ACOMPANHÁ-LO. — UMA AVENTURA DESSAS NÃO PODE SER VIVIDA SOZINHO! — DISSE BOLOTA, PULANDO DE EMPOLGAÇÃO.

E ASSIM, O GRUPO SEGUIU PARA A FLORESTA DOS SUSSURROS, ONDE, SEGUNDO A LENDA, AS PÉTALAS DO VENTO ESTAVAM ESCONDIDAS. A CAMINHADA NÃO FOI FÁCIL. ELES ATRAVESSARAM RIACHOS GELADOS, SUBIRAM COLINAS ESCORREGADIAS E ENFRENTARAM VENTOS FORTES.

NO MEIO DA JORNADA, ENCONTRARAM UMA RAPOSA CHAMADA FAÍSCA, QUE TENTAVA ATRAVESSAR UM RIO. A PONTE ESTAVA QUEBRADA. — PRECISAMOS AJUDAR! — DISSE TICO. COM TRABALHO EM EQUIPE, EMPURRARAM TRONCOS E CONSTRUÍRAM UMA NOVA PONTE. FAÍSCA FICOU MUITO GRATA. — OBRIGADA! COMO POSSO RETRIBUIR? TICO EXPLICOU SUA BUSCA, E FAÍSCA REVELOU: — SIGAM PELO CAMINHO DAS FLORES AZUIS. ELAS OS LEVARÃO ATÉ O PICO DOS VENTOS, ONDE AS PÉTALAS FLORESCEM.

GUIADOS PELAS FLORES, O GRUPO FINALMENTE CHEGOU AO TOPO DO PICO DOS VENTOS. LÁ, PÉTALAS DOURADAS DANÇAVAM AO SABOR DA BRISA. TICO CORREU PARA PEGÁ-LAS, MAS UMA VOZ SUAVE ECOOU: — PARA MERECER AS PÉTALAS DO VENTO, É PRECISO COMPREENDER QUE A VERDADEIRA VELOCIDADE VEM DO CORAÇÃO.

TICO PAROU E REFLETIU. LEMBROU-SE DE COMO SEUS AMIGOS O AJUDARAM E COMO JUNTOS SUPERARAM DESAFIOS.

— EU ENTENDO AGORA. A VERDADEIRA FORÇA NÃO ESTÁ EM SER O MAIS RÁPIDO, MAS EM VALORIZAR QUEM CORRE AO NOSSO LADO.

AS PÉTALAS BRILHARAM E SUAVEMENTE POUSARAM SOBRE TICO. ELE SENTIU UMA LEVEZA NOVA, MAS NÃO ERA SOBRE CORRER MAIS RÁPIDO. ERA SOBRE CORRER COM ALEGRIA.

AO VOLTAREM PARA A VILA, TICO CORREU COM SEUS AMIGOS, RINDO E PULANDO. PERCEBEU QUE A MAIOR FELICIDADE ESTAVA EM COMPARTILHAR CADA PASSO DA JORNADA.

E ASSIM, TICO DESCOBRIU QUE NÃO PRECISAVA SER O MAIS RÁPIDO, POIS CORRER COM AMOR E AMIZADE FAZIA DELE O MAIS FELIZ.

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