ERA UMA VEZ, EM UMA CLAREIRA ESCONDIDA NA FLORESTA, UMA CIDADE MUITO ESPECIAL CHAMADA COELHOLÂNDIA, ONDE COELHOS DE TODAS AS CORES E TAMANHOS VIVIAM EM HARMONIA. ERA UMA CIDADE CHEIA DE BURACOS E TOCAS, TODOS CONECTADOS POR TÚNEIS SECRETOS E RUAS DE TERRA BEM FOFINHAS. O PREFEITO ERA O SR. BARTOLOMEU BIGODES, UM COELHO COM O BIGODE MAIS LONGO DE TODA A CIDADE, CONHECIDO POR SEU HUMOR ENGRAÇADO E SUAS HISTÓRIAS SEMPRE MIRABOLANTES. ELE GOVERNAVA A CIDADE COM AMOR E, CLARO, UM MONTE DE CENOURAS.
NAQUELA MANHÃ, ENQUANTO O SOL BRILHAVA PREGUIÇOSO, A CIDADE ESTAVA AGITADA. NO MEIO DA PRAÇA CENTRAL, PENDURAVA-SE UM CARTAZ ENORME ESCRITO COM LETRAS COLORIDAS: “GRANDE CAÇA AO TESOURO DA COELHOLÂNDIA” TODOS OS COELHOS SE REUNIRAM AO REDOR DO PREFEITO BARTOLOMEU, QUE ESTAVA DE PÉ SOBRE UM TRONCO, COM SEU BIGODE BALANÇANDO COM O VENTO.
— MEUS CAROS COELHINHOS! — ANUNCIOU ELE COM SUA VOZ ENGRAÇADA. — ESTÁ NA HORA DA NOSSA GRANDE CAÇA AO TESOURO! MAS ATENÇÃO! O PRÊMIO NÃO É QUALQUER COISA… É A *GRANDE CENOURA DOURADA*!
OS COELHOS COMEÇARAM A MURMURAR ANIMADOS. A LENDA DA GRANDE CENOURA DOURADA ERA FAMOSA EM COELHOLÂNDIA. DIZIAM QUE QUEM A ENCONTRASSE SERIA O COELHO MAIS FELIZ DE TODOS, POIS ELA TINHA UM BRILHO TÃO INTENSO QUE DEIXAVA QUALQUER DIA MAIS ALEGRE.
NO MEIO DA MULTIDÃO, ESTAVAM TRÊS COELHINHOS MUITO ESPECIAIS: O TEOBALDO, QUE ERA SUPER CORAJOSO, A PENÉLOPE, QUE ERA A MAIS INTELIGENTE, E O PEQUENO NINO, QUE, APESAR DE SER O MENOR DE TODOS, ERA O MAIS CURIOSO.
ASSIM QUE O PREFEITO DEU O SINAL, TEOBALDO, PENÉLOPE E NINO SE ENTREOLHARAM E DISSERAM JUNTOS: — VAMOS GANHAR ESSA CAÇA AO TESOURO!
CADA COELHO RECEBEU UM MAPA, MAS LOGO PERCEBERAM QUE NÃO SERIA TÃO FÁCIL. O PRIMEIRO DESAFIO ERA ATRAVESSAR O *BOSQUE DOS PULOS ALTOS*, ONDE ÁRVORES MUITO ALTAS EXIGIAM QUE OS COELHOS PULASSEM EM RITMO RÁPIDO PARA SEGUIR ADIANTE.
— FÁCIL DEMAIS! — DISSE TEOBALDO, CONFIANTE, PULANDO NA FRENTE. MAS, PARA SUA SURPRESA, ELE ACABOU PULANDO TÃO ALTO QUE FICOU PRESO EM UM GALHO! PENÉLOPE E NINO CAÍRAM NA RISADA ENQUANTO TENTAVAM AJUDÁ-LO.
— DA PRÓXIMA VEZ, VÁ COM CALMA, TEOBALDO! — RIU PENÉLOPE.
DEPOIS DE PASSAREM PELO BOSQUE, O TRIO CHEGOU AO *RIO DAS RISADAS*, ONDE PRECISAVAM CRUZAR PULANDO EM PEDRAS COLORIDAS. SÓ QUE HAVIA UM PROBLEMA: ALGUMAS PEDRAS ERAM ESCORREGADIAS, E ASSIM QUE PISAVAM NELAS, FAZIAM CÓCEGAS NAS PATAS DOS COELHOS, QUE NÃO CONSEGUIAM PARAR DE RIR.
NINO FOI O PRIMEIRO A PULAR EM UMA PEDRA AZUL BRILHANTE E, ASSIM QUE POUSOU, COMEÇOU A GARGALHAR.
— AHAHAHA! NÃO CONSIGO PARAR DE RIR! — EXCLAMOU, CAINDO NO CHÃO DE TANTO RIR.
— NINO, É SÓ IR NAS PEDRAS VERDES! — GRITOU PENÉLOPE, SEGURANDO O RISO. — ELAS SÃO SEGURAS!
COM ALGUM ESFORÇO E MUITA RISADA, CONSEGUIRAM ATRAVESSAR O RIO. FINALMENTE, CHEGARAM AO ÚLTIMO DESAFIO: A *MONTANHA DA CENOURA GIGANTE*. DIZIAM QUE NO TOPO DA MONTANHA ESTAVA A GRANDE CENOURA DOURADA.
— VAMOS, PESSOAL, É SÓ SUBIR! — DISSE TEOBALDO.
MAS, AO COMEÇAREM A SUBIR, DESCOBRIRAM QUE O CAMINHO ERA CHEIO DE PEQUENAS ARMADILHAS: BURACOS ESCONDIDOS QUE FAZIAM OS COELHOS ROLAREM DE VOLTA PARA O COMEÇO! DEPOIS DE VÁRIAS TENTATIVAS, PENÉLOPE TEVE UMA IDEIA BRILHANTE.
— VAMOS FAZER UMA TORRE! SE SUBIRMOS UNS NOS OMBROS DOS OUTROS, PODEMOS ALCANÇAR O TOPO SEM CAIR.
E ASSIM FIZERAM. TEOBALDO SUBIU PRIMEIRO, DEPOIS PENÉLOPE, E, POR FIM, O PEQUENO NINO. COM MUITO EQUILÍBRIO E UM POUCO DE ESFORÇO, CONSEGUIRAM ALCANÇAR O TOPO DA MONTANHA. LÁ, SOBRE UM PEDESTAL DOURADO, BRILHAVA A FAMOSA CENOURA DOURADA!
— CONSEGUIMOS! — GRITARAM EM CORO.
MAS, PARA SUA SURPRESA, QUANDO TENTARAM PEGAR A CENOURA, ELA COMEÇOU A GIRAR E TOCAR MÚSICA, DISPARANDO CONFETES COLORIDOS POR TODA PARTE. ERA UMA PEGADINHA DO PREFEITO BARTOLOMEU!
DE REPENTE, O PREFEITO APARECEU, RINDO E BALANÇANDO O BIGODE.
— PARABÉNS, MEUS PEQUENOS AVENTUREIROS! VOCÊS GANHARAM O MELHOR PRÊMIO DE TODOS: UMA HISTÓRIA PARA CONTAR E... MUITAS CENOURAS DE VERDADE PARA LEVAR PARA CASA!
E ASSIM, ENTRE RISOS E ABRAÇOS, OS TRÊS AMIGOS VOLTARAM PARA COELHOLÂNDIA COM UMA MONTANHA DE CENOURAS, PRONTOS PARA CONTAR SUAS AVENTURAS PARA TODOS OS OUTROS COELHOS DA CIDADE.
E, CLARO, NAQUELA NOITE, A CIDADE ESTAVA MAIS ALEGRE DO QUE NUNCA, ILUMINADA PELA LUZ DOURADA DAS RISADAS E DAS NOVAS HISTÓRIAS CONTADAS À LUZ DAS ESTRELAS.