ERA UMA VEZ, NUMA FLORESTA MUITO BONITA, UM GRUPO DE ANIMAIS QUE SE REUNIU PARA RESOLVER OS PROBLEMAS DO MUNDO. ELES ERAM AMIGOS E ESTAVAM SEMPRE PREOCUPADOS COM O MEIO AMBIENTE, COM A FALTA DE COMIDA PARA TODOS E ATÉ COM AS BRINCADEIRAS QUE ÀS VEZES NÃO DAVAM CERTO PORQUE CADA UM TINHA HABILIDADES DIFERENTES. UM DIA, A CORUJA, QUE ERA MUITO SÁBIA, TEVE UMA IDEIA BRILHANTE.
— VAMOS CRIAR UMA ESCOLA! — DISSE ELA, BATENDO AS ASAS.
— UMA ESCOLA? — PERGUNTOU O COELHO, CURIOSO.
— SIM, UMA ESCOLA PARA TODOS OS BICHOS DA FLORESTA. CADA UM VAI APRENDER A FAZER COISAS NOVAS, ASSIM PODEREMOS AJUDAR UNS AOS OUTROS E, QUEM SABE, ATÉ RESOLVER OS PROBLEMAS QUE ENFRENTAMOS JUNTOS — EXPLICOU A CORUJA, COM SEUS OLHOS BRILHANTES DE SABEDORIA.
TODOS OS ANIMAIS ACHARAM A IDEIA INCRÍVEL E LOGO COMEÇARAM A ORGANIZAR A **ESCOLA DOS BICHOS**. ELES MONTARAM UM CURRÍCULO COM VÁRIAS MATÉRIAS: CORRER, SUBIR EM ÁRVORES, ESCALAR MONTANHAS, NADAR E ATÉ VOAR!
**O COELHO** FOI O PRIMEIRO A SE INSCREVER. ELE ERA EXCELENTE EM CORRER, MAS QUANDO CHEGOU A HORA DE SUBIR EM ÁRVORES, TEVE MUITA DIFICULDADE. SUAS PATAS RÁPIDAS ERAM BOAS PARA CORRER NO CHÃO, MAS NÃO PARA SE AGARRAR NOS GALHOS.
— ISSO É IMPOSSÍVEL! — RECLAMOU O COELHO, FRUSTRADO.
A CORUJA, QUE ERA A DIRETORA DA ESCOLA, VEIO VOANDO SUAVEMENTE ATÉ ELE.
— NÃO DESANIME, COELHINHO. AQUI NA ESCOLA, TODOS VÃO APRENDER A MELHORAR NAS COISAS QUE AINDA NÃO SABEM. CADA UM TEM SEU JEITO DE SER E DE APRENDER — DISSE ELA, PISCANDO OS GRANDES OLHOS SÁBIOS.
**O PATO** TAMBÉM ESTAVA COM PROBLEMAS. ELE NADAVA COMO NINGUÉM, DESLIZANDO PELA ÁGUA COM FACILIDADE, MAS QUANDO TENTAVA CORRER OU VOAR, A SITUAÇÃO FICAVA BEM DIFERENTE. SUAS PERNAS CURTAS NÃO O DEIXAVAM CORRER MUITO RÁPIDO, E SUAS ASAS BATIAM DESAJEITADAMENTE NO AR.
— NÃO SEI POR QUE PRECISO APRENDER A CORRER E A VOAR, SE JÁ SOU ÓTIMO NADADOR! — RESMUNGOU O PATO, CHATEADO.
MAS A CORUJA, COM SUA CALMA DE SEMPRE, LHE EXPLICOU:
— IMAGINE SE UM DIA VOCÊ PRECISAR VOAR PARA FUGIR DE UMA TEMPESTADE OU CORRER PARA AJUDAR UM AMIGO EM PERIGO. É BOM SABER UM POUQUINHO DE TUDO.
**O ESQUILO**, POR OUTRO LADO, ERA UM CAMPEÃO EM SUBIR ÁRVORES. ELE SALTAVA DE GALHO EM GALHO COM AGILIDADE, MAS QUANDO TENTAVA NADAR... AFUNDAVA COMO UMA PEDRA!
— NADAR NÃO É PARA MIM! — DISSE ELE, SE SACUDINDO PARA TIRAR A ÁGUA DE SUA PELAGEM.
OS OUTROS ANIMAIS RIRAM, MAS O PATO, QUE ERA O PROFESSOR DE NATAÇÃO, FOI PACIENTE E DISSE:
— COM O TEMPO, VOCÊ VAI APRENDER A NADAR. EU TAMBÉM NÃO SOU O MELHOR EM SUBIR ÁRVORES, MAS TODOS TEMOS NOSSAS DIFICULDADES.
A **ÁGUIA**, QUE ENSINAVA A VOAR, TINHA SEUS PRÓPRIOS DESAFIOS. ELA ERA MAJESTOSA NOS CÉUS, MAS EM TERRA FIRME, TROPEÇAVA E SE SENTIA ESTRANHA. MESMO ASSIM, INCENTIVAVA TODOS A TENTAREM O VOO, ATÉ MESMO O COELHO, QUE INSISTIA EM DIZER:
— EU NÃO TENHO ASAS! COMO VOU VOAR?
— VOAR NÃO É SÓ BATER ASAS — EXPLICOU A ÁGUIA. — ÀS VEZES, VOAR É ACREDITAR QUE VOCÊ PODE IR ALÉM DO QUE IMAGINA.
COM O PASSAR DOS DIAS, OS BICHOS FORAM SE ACOSTUMANDO COM AS AULAS E, MAIS IMPORTANTE, APRENDERAM A VALORIZAR AS DIFERENÇAS. O COELHO CONTINUOU SENDO O MAIS RÁPIDO CORREDOR, MAS FICOU MELHOR EM PULAR OBSTÁCULOS. O PATO NUNCA VIROU UM GRANDE CORREDOR, MAS APRENDEU A VOAR CURTAS DISTÂNCIAS, O SUFICIENTE PARA SE SENTIR SEGURO. E O ESQUILO, DEPOIS DE MUITA PRÁTICA, DESCOBRIU QUE PODIA NADAR UM POUQUINHO, EMBORA AINDA PREFERISSE AS ÁRVORES.
A CORUJA OBSERVAVA TUDO COM ALEGRIA.
— VOCÊS APRENDERAM MAIS DO QUE AS MATÉRIAS DA ESCOLA. APRENDERAM A SE AJUDAR E A RESPEITAR O JEITO DE CADA UM — DISSE ELA.
OS BICHOS PERCEBERAM QUE, TRABALHANDO JUNTOS E VALORIZANDO O QUE CADA UM FAZIA DE MELHOR, PODERIAM ENFRENTAR QUALQUER DESAFIO DA FLORESTA. E, ASSIM, A **ESCOLA DOS BICHOS** SE TORNOU UM LUGAR ONDE TODOS APRENDIAM, CRESCIAM E, ACIMA DE TUDO, FAZIAM AMIZADES VERDADEIRAS.
E DESDE AQUELE DIA, SEMPRE QUE ALGUM PROBLEMA SURGIA NA FLORESTA, OS BICHOS SABIAM QUE PODERIAM CONTAR UNS COM OS OUTROS. AFINAL, CADA UM TINHA SUA HABILIDADE ESPECIAL, E JUNTOS, ELES ERAM IMBATÍVEIS.
E TODOS VIVERAM FELIZES, CORRENDO, SUBINDO, NADANDO E VOANDO POR AÍ!