Contos doTio-Avô
Saulo Piva Romero
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ERA UMA VEZ, NUMA CASINHA NO CAMPO, UMA MENINA CHAMADA EVA. ELA ERA DELICADA COMO UMA PÉTALA DE FLOR, COM CABELOS QUE BRILHAVAM AO SOL E OLHOS QUE REFLETIAM A ALEGRIA DE VIVER. EVA AMAVA O JARDIM DA SUA CASA, UM LUGAR MÁGICO QUE SE TRANSFORMAVA A CADA ESTAÇÃO, MAS ERA NO OUTONO QUE ELE SE TORNAVA VERDADEIRAMENTE ESPECIAL.

 

TODAS AS MANHÃS DE OUTONO, QUANDO O CÉU AINDA ESTAVA TINGIDO DE ROSA SUAVE E A BRISA CARREGAVA O FRESCOR DO DIA QUE NASCIA, EVA CORRIA DESCALÇA PARA O JARDIM. AS FOLHAS DAS ÁRVORES, ANTES VERDES E VIBRANTES, AGORA SE VESTIAM DE TONS DE OURO, LARANJA E VERMELHO. O VENTO SUAVE SUSSURRAVA SEGREDOS ENQUANTO AS FOLHAS FLUTUAVAM GENTILMENTE ATÉ O CHÃO, COMO SE ESTIVESSEM DANÇANDO EM HOMENAGEM AO SOL.

 

EVA SE ENCANTAVA COM AQUELE ESPETÁCULO. CADA FOLHA QUE CAÍA PARECIA UMA JOIA PRECIOSA, E ELA SE ABAIXAVA COM CUIDADO PARA RECOLHER AS MAIS BONITAS, AQUELAS QUE BRILHAVAM À LUZ DA MANHÃ. SEUS DEDOS PEQUENOS DESLIZAVAM PELAS BORDAS DAS FOLHAS, ADMIRANDO AS DELICADAS NERVURAS DOURADAS QUE BRILHAVAM À LUZ DO SOL.

 

"COMO SÃO LINDAS, TÃO DELICADAS E ESPECIAIS", MURMURAVA EVA, COMO SE FALASSE DIRETAMENTE COM ELAS. ELA SABIA QUE AQUELAS FOLHAS NÃO ERAM SIMPLES PEDAÇOS DE ÁRVORE; PARA EVA, ELAS ERAM COMO PEQUENOS TESOUROS DO OUTONO.

 

UM DIA, ENQUANTO CAMINHAVA PELO JARDIM, UMA FOLHA DOURADA, MAIOR E MAIS BRILHANTE QUE AS OUTRAS, POUSOU SUAVEMENTE EM SEUS PÉS. EVA A PEGOU COM UM SORRISO NOS LÁBIOS, SEUS OLHOS BRILHANDO DE ADMIRAÇÃO. A FOLHA ERA DIFERENTE, QUASE MÁGICA. ELA TINHA UM BRILHO ESPECIAL QUE PARECIA AQUECER O CORAÇÃO DE EVA. SEM SABER PORQUE, A MENINA SENTIU UMA PROFUNDA GRATIDÃO PELA NATUREZA AO SEU REDOR.

 

ELA COLOCOU A FOLHA DOURADA NO CENTRO DE UMA COROA QUE HAVIA FEITO COM OUTRAS FOLHAS, FLORES E RAMINHOS SECOS. QUANDO TERMINOU, COLOCOU A COROA EM SUA CABEÇA, SENTINDO-SE COMO UMA PEQUENA RAINHA DO OUTONO, A GUARDIÃ DAS CORES E DOS VENTOS SUAVES QUE EMBALAVAM AS ÁRVORES.

 

ENQUANTO DANÇAVA PELO JARDIM, GIRANDO E RODOPIANDO, AS FOLHAS CAÍAM AO SEU REDOR, COMO SE O PRÓPRIO OUTONO ESTIVESSE APLAUDINDO SUA DANÇA. OS RAIOS DE SOL BRINCAVAM EM SEU CABELO, E AS CORES DOURADAS E ALARANJADAS SE FUNDIAM COM A SUA ALEGRIA.

 

NAQUELE MOMENTO, EVA PERCEBEU ALGO MUITO ESPECIAL. O OUTONO, COM SUAS FOLHAS DOURADAS, NÃO ERA APENAS UMA MUDANÇA DE ESTAÇÃO. ERA UM PRESENTE, UMA CELEBRAÇÃO DA VIDA EM SUA FORMA MAIS BONITA E EFÊMERA. AS FOLHAS, EMBORA CAÍSSEM DAS ÁRVORES, ERAM COMO PEQUENOS SORRISOS DA NATUREZA, LEMBRANDO A TODOS QUE HÁ BELEZA EM CADA TRANSFORMAÇÃO.

 

E ASSIM, NAQUELE JARDIM ENCANTADO, ONDE AS FOLHAS DOURADAS BRILHAVAM COMO JOIAS SOB O CÉU OUTONAL, EVA DESCOBRIU QUE A MAGIA DA NATUREZA ESTAVA SEMPRE AO SEU REDOR, ESPERANDO PARA SER APRECIADA. BASTAVA ABRIR OS OLHOS E O CORAÇÃO.

 

E, SEMPRE QUE O VENTO SOPRAVA, CARREGANDO CONSIGO AS FOLHAS DO OUTONO, EVA SABIA QUE FAZIA PARTE DAQUELE MOMENTO DE ENCANTAMENTO, UMA MENINA QUE BRILHAVA COMO AS PRÓPRIAS FOLHAS DOURADAS QUE TANTO AMAVA.

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 27/09/2024
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