ERA UMA VEZ, EM UMA CIDADE SOMBRIA CHAMADA TRANSILVÂNIA, UM CASTELO MUITO ANTIGO, CHEIO DE TORRES ALTÍSSIMAS E CORREDORES QUE PARECIAM NÃO TER FIM. ESSE CASTELO ERA A CASA DE ZALESKA, UMA VAMPIRINHA MISTERIOSA, COM LINDOS OLHOS BRILHANTES E CABELOS LONGOS E NEGROS COMO A NOITE.

ZALESKA NÃO ERA UMA VAMPIRA COMUM. ELA ADORAVA AS ESTRELAS, A LUA E O SOM DO VENTO QUE SOPRAVA PELAS MONTANHAS. MAS HAVIA UMA COISA QUE ELA AMAVA AINDA MAIS: PASSEAR DE CARRINHO. SIM, ZALESKA TINHA UM CARRINHO MÁGICO QUE VOAVA PELAS NUVENS! TODAS AS NOITES, ELA COLOCAVA SEU LINDO VESTIDO ROXO, SUAS BOTAS BRILHANTES, E SAÍA VOANDO POR AÍ, DIRIGINDO COMO O VENTO. O CARRINHO DELA NÃO ERA SÓ RÁPIDO, MAS TAMBÉM ERA ENCANTADO, COM LUZES QUE PISCAVAM E UMA BUZINA QUE TOCAVA UMA MÚSICA DIVERTIDA SEMPRE QUE ELA QUERIA.

MESMO SENDO UMA VAMPIRINHA, ZALESKA TINHA UM CORAÇÃO DOCE E GENTIL. ELA NÃO BEBIA SANGUE COMO OS VAMPIROS DAS HISTÓRIAS ASSUSTADORAS; ELA GOSTAVA DE TOMAR SUCO DE MORANGO, COM CANUDINHO E TUDO! E ADORAVA BRINCAR COM OS MORCEGUINHOS QUE MORAVAM NAS TORRES DO CASTELO. SEUS AMIGOS MORCEGOS SEMPRE VOAVAM AO SEU REDOR, FAZENDO PIRUETAS NO AR, E ELA RIA, MOSTRANDO SEUS DENTINHOS AFIADOS, MAS ADORÁVEIS.

UMA NOITE, ENQUANTO ZALESKA PASSEAVA COM SEU CARRINHO MÁGICO, ELA ENCONTROU UM MENININHO CHAMADO TOMÁS, QUE ESTAVA PERDIDO NA FLORESTA. ELE TREMIA DE FRIO, POIS ERA UMA NOITE DE INVERNO BEM GELADA, E ELE NÃO CONSEGUIA ACHAR O CAMINHO DE VOLTA PARA CASA. ZALESKA, AO VER O GAROTINHO TÃO ASSUSTADO, SENTIU UMA PONTADA DE CARINHO NO SEU CORAÇÃOZINHO FRIO COMO A LUA. COM SEU JEITO DELICADO, ELA PAROU O CARRINHO E DESCEU SUAVEMENTE.

— OI! — DISSE ZALESKA COM UM SORRISO QUE ERA UM VERDADEIRO ENCANTO. — VOCÊ ESTÁ PERDIDO?

TOMÁS, QUE ESTAVA COM MEDO NO INÍCIO, LOGO PERCEBEU QUE ZALESKA NÃO ERA UMA VAMPIRA MALVADA. ELE SORRIU TIMIDAMENTE E RESPONDEU: 

— SIM... EU NÃO CONSIGO ACHAR O CAMINHO DE VOLTA PRA CASA.

ZALESKA PENSOU POR UM INSTANTE E DEPOIS ESTALOU OS DEDOS. 

— NÃO SE PREOCUPE, EU VOU TE AJUDAR! — DISSE ELA, COM SUA VOZ SUAVE COMO O VENTO. — SUBA NO MEU CARRINHO MÁGICO, E JUNTOS VAMOS ENCONTRAR SUA CASA!

O MENININHO, MARAVILHADO COM O CARRINHO VOADOR, SUBIU SEM HESITAR. ZALESKA COLOCOU SUAS MÃOZINHAS NO VOLANTE, E EM UM SEGUNDO, ELES ESTAVAM VOANDO PELO CÉU, PASSANDO PELAS NUVENS E PELAS ESTRELAS CINTILANTES. ENQUANTO VOAVAM, TOMÁS NÃO CONSEGUIA PARAR DE OLHAR PARA ZALESKA, FASCINADO COM SUA BELEZA MISTERIOSA E SUA GENTILEZA.

— VOCÊ É TÃO BONITA QUANTO A LUA! — DISSE ELE, ENCANTADO.

ZALESKA RIU, UM RISO DOCE COMO O SOM DE SININHOS DE CRISTAL. 

— A LUA É MINHA AMIGA! ELA ME ILUMINA NAS MINHAS AVENTURAS NOTURNAS. MAS NÃO SOU TÃO FRIA QUANTO ELA. NO FUNDO, EU TENHO UM CORAÇÃO BEM QUENTINHO PARA OS MEUS AMIGOS.

OS DOIS VOARAM POR TODA A FLORESTA, ATÉ QUE FINALMENTE ENCONTRARAM A CASA DE TOMÁS, QUE BRILHAVA COM LUZES ACOLHEDORAS. O MENININHO DESCEU DO CARRINHO MÁGICO, E ANTES DE ENTRAR EM CASA, VIROU-SE PARA ZALESKA E DISSE: 

— OBRIGADO POR ME AJUDAR, ZALESKA! VOCÊ É UMA VAMPIRINHA MUITO ESPECIAL.

ZALESKA SORRIU MAIS UMA VEZ, SEU SORRISO ILUMINANDO A NOITE. 

— SEMPRE QUE PRECISAR DE MIM, ESTAREI AQUI. O VENTO ME TRAZ DE VOLTA, SEMPRE QUE UM AMIGO PRECISAR DE AJUDA.

E COM UM ACENO GENTIL, ZALESKA ACELEROU SEU CARRINHO E VOOU PARA O CÉU ESTRELADO, ONDE AS NUVENS A ABRAÇARAM E AS ESTRELAS A ACOMPANHARAM EM SUA DANÇA PELO AR.