HÁ MUITO TEMPO, O SOL E A LUA ERAM ASTROS MÁGICOS QUE VIVIAM EM UM MAGNÍFICO PALÁCIO DOURADO, SUSPENSO ENTRE AS ESTRELAS. ELES ERAM RESPONSÁVEIS POR ILUMINAR O UNIVERSO COM SEU AMOR RADIANTE, E SEU CASAMENTO FOI A CELEBRAÇÃO MAIS GRANDIOSA QUE O COSMOS JÁ PRESENCIOU. TODOS OS SERES CELESTIAIS ADMIRAVAM A LUZ DO SOL E A BELEZA SERENA DA LUA, E JUNTOS ELES MANTINHAM A HARMONIA NO CÉU, ESPALHANDO BRILHO E PAZ POR TODA PARTE.
TODAVIA NUM CERTO DIA, CURIOSOS E UM POUCO TRAVESSOS, SOL E LUA DECIDIRAM FAZER ALGO PROIBIDO. SABIAM QUE, POR REGRAS ANTIGAS, JAMAIS PODERIAM ESTAR NO MESMO LUGAR AO MESMO TEMPO DIANTE DA TERRA. NO ENTANTO, EM UM MOMENTO DE DESOBEDIÊNCIA, DECIDIRAM BRINCAR COM SEUS PODERES E SE ENCONTRARAM NO CÉU TERRESTRE, MESMO SABENDO QUE ISSO CAUSARIA GRANDES CONSEQUÊNCIAS.
O SOL, EM SEU BRILHO RADIANTE, E A LUA, COM SUA BELEZA PRATEADA, RESOLVERAM SE ESCONDER JUNTOS EM FRENTE À TERRA, FORMANDO O QUE CHAMAMOS DE **ECLIPSE SOLAR**. NAQUELE INSTANTE, A LUA, COM SEU MANTO ESCURO, PASSOU NA FRENTE DO SOL, BLOQUEANDO SUA LUZ E CAUSANDO UM ESTRANHO E MÁGICO ESCURECIMENTO NO CÉU.
POUCO TEMPO DEPOIS, ACHANDO DIVERTIDO, SOL E LUA FIZERAM O CONTRÁRIO: FOI A VEZ DA TERRA SE COLOCAR ENTRE ELES, LANÇANDO UMA SOMBRA SOBRE A LUA. O **ECLIPSE LUNAR** ENTÃO ACONTECEU, E A LUA, QUE SEMPRE ILUMINAVA AS NOITES, FICOU COBERTA POR UMA SOMBRA AVERMELHADA.
ESSAS TRAVESSURAS, NO ENTANTO, NÃO PASSARAM DESPERCEBIDAS PELOS GUARDIÕES DO CÉU. O ESCURECIMENTO DO SOL E DA LUA, MESMO POR UM CURTO PERÍODO, CAUSOU CONFUSÃO E TEMOR ENTRE OS SERES DA TERRA. AS PLANTAS MURCHARAM SEM A LUZ DO SOL E AS ESTRELAS CHORARAM AO VER A LUA COBERTA DE ESCURIDÃO.
OS GUARDIÕES, FURIOSOS, CONVOCARAM SOL E LUA PARA UM JULGAMENTO. O VEREDITO FOI CLARO: O CASAL HAVIA DESRESPEITADO A ORDEM NATURAL DO COSMOS. COMO PUNIÇÃO POR SEUS ATOS, FORAM CONDENADOS A DESCER À TERRA E VIVER POR UM TEMPO COMO HUMANOS, SEM SEUS PODERES DIVINOS. TERIAM QUE APRENDER A VIVER ENTRE OS MORTAIS, SEM CONTROLAR A LUZ OU A ESCURIDÃO.
AO CHEGAREM NA TERRA, SOL E LUA PERCEBERAM QUE, SEM SUAS HABILIDADES, A VIDA ERA MAIS DIFÍCIL DO QUE IMAGINAVAM. O CALOR DO SOL AGORA ERA APENAS O CALOR DE UM DIA DE VERÃO, E O BRILHO SUAVE DA LUA ERA APENAS O REFLEXO PÁLIDO DA NOITE. ELES PRECISARAM APRENDER A CUIDAR UM DO OUTRO DE MANEIRAS DIFERENTES, ENFRENTANDO AS DIFICULDADES E DESAFIOS DA VIDA TERRENA.
MORAVAM EM UMA CASINHA SIMPLES CHAMADA A CASA DO SOL, ONDE PASSAVAM SEUS DIAS PLANTANDO, COLHENDO E OBSERVANDO O CÉU, AGORA DISTANTES DE SEU LAR NAS ESTRELAS. LÁ, APRENDERAM SOBRE A PACIÊNCIA E O EQUILÍBRIO, DESCOBRINDO QUE O AMOR VERDADEIRO NÃO DEPENDIA DE SEUS ANTIGOS PODERES, MAS DA GENTILEZA E DO RESPEITO QUE TINHAM UM PELO OUTRO.
DEPOIS DE MUITOS ANOS VIVENDO ENTRE OS MORTAIS, OS GUARDIÕES DO CÉU DECIDIRAM QUE SOL E LUA HAVIAM APRENDIDO SUA LIÇÃO. ELES PODERIAM VOLTAR AO CÉU, MAS COM UMA CONDIÇÃO: NUNCA MAIS PODERIAM SE ENCONTRAR AO MESMO TEMPO NO MESMO LUGAR. SOL FICARIA NO CÉU DURANTE O DIA E LUA REINARIA À NOITE.
E ASSIM FOI. DESDE ENTÃO, SOL E LUA SE OLHAM DE LONGE, SEMPRE COM SAUDADE, MAS SEM NUNCA SE TOCAREM. NO ENTANTO, DE TEMPOS EM TEMPOS, AINDA CONSEGUEM DAR UM JEITO DE SE ENCONTRAR BREVEMENTE, ESCONDENDO-SE UM NO BRILHO DO OUTRO — É QUANDO ACONTECEM OS ECLIPSES, LEMBRANÇAS DE SEU ANTIGO ERRO, MAS TAMBÉM SINAIS DE QUE O AMOR DELES NUNCA DESAPARECEU.