Contos doTio-Avô
Saulo Piva Romero
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TUTI ERA UM MENINO COM UMA PAIXÃO ENORME POR SORVETE, ESPECIALMENTE PICOLÉ DE CHOCOLATE. ELE GOSTAVA DE SABOREÁ-LO EM QUALQUER LUGAR E EM QUALQUER MOMENTO. NO ENTANTO, O QUE ELE MAIS AMAVA ERA SENTAR-SE EMBAIXO DA COBERTA, NO SOFÁ DA SALA, COM UM FILME NA TELEVISÃO E UM PICOLÉ NA MÃO. ISSO FAZIA COM QUE ELE SE SENTISSE COMO SE ESTIVESSE FLUTUANDO ENTRE AS NUVENS, COM O VENTO SOPRANDO NO ROSTO, EXATAMENTE COMO QUANDO ELE VIA O MAR E SONHAVA EM TOCAR AS ESTRELAS.

 

UM DIA, ENQUANTO APROVEITAVA UMA TARDE ENSOLARADA, TUTI TEVE UMA IDEIA BRILHANTE: "E SE EU PUDESSE FAZER UM PICOLÉ QUE REALIZASSE DESEJOS?" ELE FICOU EMPOLGADO COM A IDEIA E CORREU PARA A COZINHA PARA CONTAR A NOVIDADE PARA SUA MÃE.

 

— MÃE, VOCÊ JÁ IMAGINOU UM PICOLÉ MÁGICO QUE REALIZA TUDO O QUE A GENTE DESEJA? — PERGUNTOU ELE, COM OS OLHOS BRILHANDO.

 

A MÃE, QUE JÁ ESTAVA ACOSTUMADA COM AS IDEIAS MIRABOLANTES DE TUTI, SORRIU E BRINCOU:

 

— E O QUE VOCÊ PEDIRIA PRIMEIRO?

 

— EU GOSTARIA DE VER O MAR AGORA MESMO, SENTIR O VENTO NO ROSTO, OLHAR O CÉU... AH! E, CLARO, TOCAR AS ESTRELAS!

 

COM ESSA IDEIA NA CABEÇA, TUTI DECIDIU QUE PRECISAVA CRIAR ESSE PICOLÉ MÁGICO. ELE PEGOU ALGUMAS FRUTAS, CHOCOLATE E ATÉ UMA PITADA DE AÇÚCAR MÁGICO (QUE ELE ACREDITAVA TER PODERES ESPECIAIS). COM TUDO PRONTO, COLOCOU NO CONGELADOR E ESPEROU ANSIOSAMENTE.

 

NO DIA SEGUINTE, QUANDO FINALMENTE TIROU O PICOLÉ DO CONGELADOR, ELE SAIU CORRENDO PARA O QUINTAL, SEGURANDO SUA CRIAÇÃO COM ORGULHO. COM A PRIMEIRA LAMBIDA, TUTI FECHOU OS OLHOS E DESEJOU... "QUERO VER O MAR!"

 

DE REPENTE, O VENTO SOPROU MAIS FORTE, E QUANDO ELE ABRIU OS OLHOS, ESTAVA EM FRENTE A UM IMENSO OCEANO. AS ONDAS IAM E VINHAM, E O SOL BRILHAVA ALTO NO CÉU. ELE NÃO ACREDITAVA NO QUE ESTAVA VENDO!

 

— UAU! FUNCIONOU! — GRITOU ELE, MARAVILHADO.

 

TUTI ENTÃO PERCEBEU QUE SEU PICOLÉ REALMENTE REALIZAVA DESEJOS! ELE CORREU PELA PRAIA, SENTINDO A BRISA SUAVE, E EM SEGUIDA OLHOU PARA O CÉU, DESEJANDO PODER VOAR COMO UM PÁSSARO.

 

"QUERO VOAR!", PENSOU ELE ENQUANTO DAVA MAIS UMA LAMBIDA NO PICOLÉ.

 

E, NUM PISCAR DE OLHOS, ELE ESTAVA PLANANDO PELOS CÉUS, FLUTUANDO ENTRE AS NUVENS COMO UM PÁSSARO LIVRE. LÁ DE CIMA, ELE VIA AS ONDAS QUEBRANDO NA PRAIA, AS ÁRVORES BALANÇANDO E ATÉ UMA FOTO QUE TIROU MENTALMENTE DAS ESTRELAS QUE AGORA PARECIAM TÃO PERTO.

 

DEPOIS DE UM TEMPO, O CÉU COMEÇOU A SE ENCHER DE NUVENS CINZENTAS, E O CHEIRO DE CHUVA INVADIU O AR. TUTI RIU, SENTINDO AS PRIMEIRAS GOTAS CAINDO EM SEU ROSTO. ELE VOOU ATÉ O CHÃO E SENTIU QUE ERA HORA DE VOLTAR PARA CASA.

 

MAIS UMA LAMBIDA, E DESEJOU UM ABRAÇO. QUANDO ABRIU OS OLHOS, ESTAVA DE VOLTA AO QUINTAL DE SUA CASA, E SUA MÃE ESTAVA LÁ, SORRINDO E PRONTA PARA LHE DAR O ABRAÇO MAIS APERTADO.

 

— COMO FOI SUA AVENTURA? — PERGUNTOU ELA, CARINHOSA.

 

— INCRÍVEL, MÃE! EU VI O MAR, VOEI, SENTI O VENTO, TOQUEI AS ESTRELAS... TUDO ISSO COM O MEU PICOLÉ MÁGICO!

 

— QUE BOM! AGORA VENHA, É HORA DE DESCANSAR UM POUCO. — DISSE ELA, ENQUANTO O LEVAVA PARA DENTRO.

 

TUTI SORRIU, PENSANDO NA PRÓXIMA AVENTURA QUE VIVERIA COM SEU PICOLÉ MÁGICO. TALVEZ UMA TARDE COM OS AMIGOS NO SHOPPING OU QUEM SABE UMA AULA TERMINADA MAIS CEDO... AFINAL, COM SEU PICOLÉ, TUDO ERA POSSÍVEL!

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 15/09/2024
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