NO CORAÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA, VIVIA UMA COBRA MUITO ESPECIAL CHAMADA GILDA. DIFERENTE DAS OUTRAS COBRAS, GILDA NÃO GOSTAVA DE SE ESCONDER. ELA ADORAVA PASSEAR PELAS TRILHAS DA MATA, ONDE AS FLORES MAIS COLORIDAS BALANÇAVAM COM O VENTO, E OS PASSARINHOS SEMPRE CANTAVAM PARA ELA. SUA PELE BRILHAVA NAS CORES DA FLORESTA, E ELA SE MOVIA COM A GRAÇA DAS FOLHAS CAINDO NO CHÃO.
PERTO DALI, VIVIA UMA ÍNDIA CHAMADA ICORÃ. ELA MORAVA NUMA ALDEIA PRÓXIMA À ILHA DE SANTANA E ERA TÃO LINDA QUE TODOS A ADMIRAVAM. MAS, PARA ICORÃ, SUA BELEZA ERA UM FARDO. ELA SENTIA QUE AS PESSOAS SÓ OLHAVAM PARA O EXTERIOR E NÃO CONSEGUIAM VER SEU CORAÇÃO GENTIL. POR ISSO, A BELA ÍNDIA ERA MUITO TRISTE E RARAMENTE SAÍA DA OCA.
GILDA, A COBRA CURIOSA, UM DIA OUVIU FALAR DE ICORÃ E DECIDIU SE APROXIMAR. ELA SABIA QUE A FLORESTA GUARDAVA SEGREDOS E HISTÓRIAS QUE PODERIAM MUDAR QUALQUER DESTINO. ENTÃO, UMA NOITE, GILDA RASTEJOU ATÉ A BEIRA DO GRANDE LAGO ONDE ICORÃ GOSTAVA DE LAMENTAR SUA TRISTEZA PARA A LUA. A COBRA, COM SUA SABEDORIA, OLHOU PARA A LUA E PENSOU: “A NATUREZA É CHEIA DE SURPRESAS, TALVEZ ALGO MÁGICO ACONTEÇA ESSA NOITE.”
E FOI JUSTAMENTE O QUE ACONTECEU. UM BOTO TUCUXI, QUE SEMPRE NADAVA PELAS ÁGUAS DO RIO AMAZONAS, AVISTOU ICORÃ. ELE FICOU TÃO ENCANTADO COM A BELEZA DA ÍNDIA QUE DECIDIU SE APROXIMAR. MAS, AO VER COMO ELA ESTAVA TRISTE, O BOTO TEVE UMA IDEIA. “PRECISO ALEGRÁ-LA!”, PENSOU ELE. ENTÃO, NUMA REVIRAVOLTA MÁGICA, ELE SE TRANSFORMOU EM UM BELO CISNE BRANCO. SUAS PENAS BRILHAVAM À LUZ DA LUA, E ELE DESLIZOU SUAVEMENTE PELO LAGO ATÉ CHEGAR BEM PERTO DE ICORÃ.
GILDA OBSERVAVA TUDO DE SEU ESCONDERIJO NAS SOMBRAS DAS ÁRVORES. ELA SORRIU AO VER O CISNE SE APROXIMAR, SABENDO QUE A FLORESTA TINHA, MAIS UMA VEZ, TRABALHADO EM FAVOR DO AMOR E DA FELICIDADE.
ICORÃ, SURPRESA, OLHOU PARA O CISNE COM OLHOS CURIOSOS. O BELO PÁSSARO, COM SEU PESCOÇO ELEGANTE E OLHOS BRILHANTES, COMEÇOU A CANTAR UMA MELODIA DOCE, QUE FEZ O CORAÇÃO DA ÍNDIA SE AQUECER. PELA PRIMEIRA VEZ EM MUITO TEMPO, ELA SORRIU. GILDA, VENDO ISSO, DEU UMA PISCADINHA PARA O CISNE, ORGULHOSA DE COMO A NATUREZA, COM SUA SABEDORIA, HAVIA UNIDO OS DOIS.
DESDE AQUELE DIA, ICORÃ PASSOU A VISITAR O LAGO COM MAIS FREQUÊNCIA, SEMPRE ENCONTRANDO O CISNE À SUA ESPERA. E GILDA, SEMPRE POR PERTO, CONTINUAVA A OBSERVAR TUDO COM SEU OLHAR ATENTO, FELIZ POR TER TESTEMUNHADO UMA AMIZADE TÃO BONITA NASCER.
E ASSIM, A FLORESTA CONTINUAVA CHEIA DE SURPRESAS, COM GILDA, A SÁBIA COBRA, SENDO UMA DAS MAIORES PROTETORAS DOS SEGREDOS QUE A NATUREZA GUARDAVA.