ERA UMA VEZ DUAS IRMÃS CHAMADAS MELISSA E CLARISSA. MELISSA, A MAIS VELHA, TINHA OITO ANOS, ENQUANTO CLARISSA, A CAÇULINHA, TINHA APENAS CINCO. ELAS VIVIAM COM SEUS PAIS EM UMA CASA CHEIA DE ALEGRIA E BRINCADEIRAS, ONDE TODO DIA ERA UMA NOVA AVENTURA.
SEU FERNANDO, O PAI DAS MENINAS, ERA UM HOMEM DE CORAÇÃO GRANDE E RISO FÁCIL. ELE ADORAVA BRINCAR COM AS FILHAS, ESPECIALMENTE QUANDO ELAS FAZIAM DELE UM "AVIÃOZINHO" PELAS SALAS E CORREDORES DA CASA.
EM UMA TARDE ENSOLARADA DE SÁBADO, MELISSA, COM UM SORRISO TRAVESSO, CORREU ATÉ SEU PAI, PUXANDO-O PELA MÃO.
— PAPAI, VAMOS BRINCAR DE AVIÃOZINHO? — PEDIU MELISSA, JÁ IMAGINANDO A DIVERSÃO QUE ESTAVA POR VIR.
CLARISSA, QUE ESTAVA NO QUARTO ORGANIZANDO SUAS BONECAS, OUVIU A CONVERSA E LOGO SAIU CORRENDO EM DIREÇÃO À SALA.
— EU TAMBÉM QUERO, EU TAMBÉM QUERO! — EXCLAMOU CLARISSA, COM SEUS OLHINHOS BRILHANDO DE ANIMAÇÃO.
SEU FERNANDO, FINGINDO SER UM PILOTO SÉRIO, COLOCOU AS MÃOS NA CINTURA E OLHOU PARA AS FILHAS.
— BEM, SENHORITAS, VOCÊS ESTÃO PRONTAS PARA EMBARCAR NO AEROPAPAI? — PERGUNTOU ELE, PISCANDO PARA MELISSA.
— SIM, CAPITÃO! — RESPONDEU MELISSA, SE POSICIONANDO AO LADO DO PAI.
— CLARO, PAPAI! EU SOU A CO-PILOTA! — DISSE CLARISSA, PULANDO DE ALEGRIA.
SEU FERNANDO ENTÃO SE AJOELHOU NO CHÃO, DEIXANDO AS MENINAS SUBIREM EM SUAS COSTAS. MELISSA, COMO A PILOTA, SEGURAVA NOS OMBROS DO PAI, ENQUANTO CLARISSA, A CO-PILOTA, SEGURAVA FIRME NA CINTURA DELE.
— ATENÇÃO, ATENÇÃO! — ANUNCIOU MELISSA, IMITANDO O SOM DE UM ALTO-FALANTE. — AEROPAPAI, PRONTO PARA DECOLAR!
COM ISSO, SEU FERNANDO COMEÇOU A SE MOVER PELA SALA, BALANÇANDO DE UM LADO PARA O OUTRO, COMO SE ESTIVESSE REALMENTE VOANDO.
— UUUUUH! ESTAMOS VOANDO! — GRITOU CLARISSA, COM OS BRAÇOS ABERTOS COMO SE FOSSEM ASAS.
MELISSA, SEMPRE CRIATIVA, INVENTAVA AVENTURAS PELO CÉU.
— PILOTA, ESTAMOS SOBREVOANDO UMA MONTANHA CHEIA DE NEVE! — DISSE ELA.
— CO-PILOTA, PREPARE-SE PARA DESVIAR DAS NUVENS! — RESPONDEU CLARISSA, FAZENDO O PAPEL DELA COM TODA SERIEDADE.
SEU FERNANDO RIA ENQUANTO FINGIA SER O AVIÃO, CORRENDO DE UM LADO PARA O OUTRO, SUBINDO E DESCENDO COMO SE ESTIVESSE ENFRENTANDO TURBULÊNCIAS IMAGINÁRIAS. AS MENINAS GRITAVAM E RIAM, SENTINDO A ADRENALINA DE ESTAREM EM UM VOO TÃO ESPECIAL.
DEPOIS DE MUITOS GIROS E RISADAS, O AEROPAPAI COMEÇOU A PERDER ALTITUDE.
— ATENÇÃO, SENHORAS E SENHORES — DISSE MELISSA, AINDA NO PAPEL DE PILOTA. — ESTAMOS NOS PREPARANDO PARA ATERRISSAR.
COM UM ÚLTIMO MOVIMENTO SUAVE, SEU FERNANDO FEZ UMA "ATERRISSAGEM" PERFEITA NO TAPETE DA SALA.
— PRONTO! CHEGAMOS AO NOSSO DESTINO! — ANUNCIOU CLARISSA, AINDA RINDO.
OS TRÊS CAÍRAM NO CHÃO, EXAUSTOS, MAS FELIZES, COM AS GARGALHADAS ECOANDO PELA CASA. PARA MELISSA E CLARISSA, NÃO HAVIA NADA MELHOR DO QUE ESSAS BRINCADEIRAS COM O PAPAI. ELE ERA O AEROPAPAI MAIS INCRÍVEL DE TODOS!
E ASSIM, O DIA TERMINOU COM UM ABRAÇO APERTADO ENTRE AS IRMÃS E SEU QUERIDO PAI. E, ENQUANTO O SOL SE PUNHA LÁ FORA, ELAS JÁ PLANEJAVAM A PRÓXIMA GRANDE AVENTURA NOS CÉUS DA IMAGINAÇÃO.