Contos doTio-Avô
Saulo Piva Romero
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ERA UMA VEZ, NUMA PEQUENA VILA CERCADA POR MONTANHAS E RIOS, UMA MENINA CHAMADA MARINA. ELA ADORAVA PASSEAR PELAS FLORESTAS AO REDOR DE SUA CASA, ONDE PODIA OBSERVAR AS BORBOLETAS QUE DANÇAVAM NO AR COMO SE ESTIVESSEM SEGUINDO O RITMO DO VENTO. CADA BORBOLETA TINHA CORES TÃO VIVAS QUE PARECIA TRAZER VIDA E ALEGRIA À FLORESTA.

 

MAS NUMA NOITE TRANQUILA, ALGO MÁGICO COMEÇOU A ACONTECER. LÁ NO ALTO, ENTRE AS ESTRELAS CINTILANTES, NAVEGAVA UM MISTERIOSO MAGO EM SEU BARCO CELESTIAL. ELE USAVA UM MANTO FEITO DE ESTRELAS CADENTES E TINHA UMA LONGA BARBA PRATEADA QUE BRILHAVA SOB A LUZ DA LUA. EM SUAS MÃOS, ELE SEGURAVA UMA FLAUTA ENCANTADA, ESCULPIDA DE UMA ÚNICA GOTA DE LUAR.

 

TODOS OS DIAS, QUANDO A NOITE CAÍA, O MAGO SOPRAVA UMA MELODIA SUAVE EM SUA FLAUTA, E ESSA CANÇÃO ERA OUVIDA POR TODAS AS BORBOLETAS DAS FLORESTAS DA TERRA. A MELODIA TINHA O PODER DE TRANSFORMAR SUAS ASAS DELICADAS EM ASAS DE CRISTAL, QUE REFLETIAM A LUZ DAS ESTRELAS COMO UM CALEIDOSCÓPIO MÁGICO.

 

MARINA, DEITADA EM SUA CAMA, OBSERVAVA PELA JANELA AS ESTRELAS BRILHANDO NO CÉU. DE REPENTE, ELA VIU UMA PEQUENA LUZ CINTILANTE PERTO DE SUA JANELA. ERA UMA BORBOLETA, MAS NÃO UMA BORBOLETA COMUM. SUAS ASAS ERAM FEITAS DE CRISTAL PURO, E CADA BATIDA DELAS EMITIA UM SOM MELODIOSO, COMO O TILINTAR DE SINOS AO VENTO.

 

ENCANTADA, MARINA SEGUIU A BORBOLETA ATÉ A FLORESTA. AO CHEGAR LÁ, ELA PERCEBEU QUE TODA A FLORESTA ESTAVA ILUMINADA POR MILHARES DE BORBOLETAS DE CRISTAL. ELAS FLUTUAVAM COMO PEQUENAS ESTRELAS CAÍDAS, ILUMINANDO CADA FOLHA, CADA FLOR, E TRANSFORMANDO A FLORESTA NUM VERDADEIRO CONTO DE FADAS.

 

AS BORBOLETAS DE CRISTAL RODEARAM MARINA, LEVANDO-A A UMA CLAREIRA ONDE O BRILHO ERA AINDA MAIS INTENSO. NO CENTRO DA CLAREIRA, O MAGO ESTAVA PARADO, SUA FLAUTA NOS LÁBIOS, TOCANDO SUA CANÇÃO MÁGICA.

 

MARINA NÃO DISSE UMA PALAVRA; ELA APENAS FICOU ALI, MARAVILHADA, ENQUANTO AS BORBOLETAS DANÇAVAM AO REDOR DO MAGO E DELA. A MÚSICA PREENCHEU O AR, E POR UM MOMENTO, PARECIA QUE TODO O UNIVERSO ESTAVA EM HARMONIA.

 

ENTÃO, DE REPENTE, O MAGO PAROU DE TOCAR. AS BORBOLETAS DE CRISTAL COMEÇARAM A SE DISPERSAR, VOANDO DE VOLTA PARA AS ÁRVORES E FLORES. O MAGO OLHOU PARA MARINA E, COM UM SORRISO MISTERIOSO, FEZ UM GESTO SUAVE COM A MÃO, COMO SE ESTIVESSE A ABENÇOANDO COM UM SEGREDO SILENCIOSO.

 

ANTES QUE MARINA PUDESSE PERGUNTAR QUALQUER COISA, O MAGO SUBIU DE VOLTA PARA SEU BARCO CELESTIAL E DESAPARECEU ENTRE AS ESTRELAS. AS BORBOLETAS DE CRISTAL TAMBÉM DESAPARECERAM, DEIXANDO A FLORESTA TRANQUILA E SERENA NOVAMENTE.

 

NA MANHÃ SEGUINTE, QUANDO MARINA ACORDOU, TUDO PARECIA COMO ANTES. MAS, AO SAIR DE CASA E CAMINHAR PELA FLORESTA, ELA VIU UMA ÚNICA BORBOLETA DE CRISTAL POUSADA EM UMA FLOR, COMO UM LEMBRETE DA NOITE MÁGICA QUE VIVEU. E TODA VEZ QUE ELA OLHAVA PARA AQUELA BORBOLETA, SABIA QUE A MAGIA AINDA ESTAVA LÁ, FLUTUANDO ENTRE AS ESTRELAS E AS CANÇÕES DA NOITE.

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 23/08/2024
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