Contos doTio-Avô
Saulo Piva Romero
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ERA UMA VEZ, NA PEQUENA CIDADE DE NUVEM BRANCA, UM LUGAR CONHECIDO POR SUA CALMARIA E POR SUAS CASAS QUE PARECIAM FLUTUAR ENTRE AS NUVENS. NESSA CIDADEZINHA ENCANTADORA, VIVIA BUGALOO, UM FANTASMA MUITO CARNÍVORO. AO CONTRÁRIO DOS OUTROS FANTASMAS, QUE ADORAVAM ASSUSTAR AS PESSOAS E CAUSAR ARREPIOS, BUGALOO ERA DIFERENTE. ELE ERA ALUCINADO POR CHURRASCO!

 

BUGALOO NÃO LEMBRAVA EXATAMENTE COMO COMEÇOU A SUA PAIXÃO PELO CHURRASCO. TALVEZ TENHA SIDO UMA MEMÓRIA DE QUANDO ERA VIVO OU SIMPLESMENTE UM GOSTINHO QUE ELE PEGOU DURANTE SUAS TRAVESSURAS NAS FESTAS DE QUINTAL DOS MORADORES. O FATO ERA QUE NADA DEIXAVA O FANTASMA MAIS FELIZ DO QUE O CHEIRO DE CARNE ASSANDO NA BRASA.

 

TODA SEMANA, NA CIDADE DE NUVEM BRANCA, OS MORADORES SE REUNIAM NO PARQUE CENTRAL PARA UM CHURRASCO COMUNITÁRIO. CADA FAMÍLIA TRAZIA UM POUCO DE CARNE, PÃO DE ALHO, E CLARO, UMA PORÇÃO GENEROSA DE SORRISOS E BOAS HISTÓRIAS PARA COMPARTILHAR. BUGALOO, INVISÍVEL AOS OLHOS DOS MORTAIS, FICAVA POR ALI, FLUTUANDO ENTRE AS MESAS, OBSERVANDO E APROVEITANDO O DELICIOSO AROMA QUE SUBIA DAS CHURRASQUEIRAS.

 

UM DIA, DECIDIDO A PARTICIPAR MAIS ATIVAMENTE DO CHURRASCO, BUGALOO TEVE UMA IDEIA BRILHANTE. ELE RESOLVEU SE MATERIALIZAR POR UM BREVE MOMENTO PARA AJUDAR COM O CHURRASCO. COM UM SOPRO GELADO, BUGALOO FEZ COM QUE A BRASA FICASSE NA TEMPERATURA PERFEITA, E COM UM ACENO DE SUAS MÃOS TRANSLÚCIDAS, ELE TEMPEROU AS CARNES COM UMA MISTURA DE ESPECIARIAS QUE ELE APRENDEU EM SUAS AVENTURAS PELO MUNDO.

 

OS MORADORES, ENCANTADOS COM O SABOR DOS CHURRASCOS DAQUELA TARDE, COMEÇARAM A SE PERGUNTAR QUEM ERA O MESTRE CHURRASQUEIRO MISTERIOSO. ENQUANTO ISSO, BUGALOO SE DIVERTIA, FLUTUANDO ENTRE RISOS E EXALAÇÕES DE SATISFAÇÃO.

 

"ESSE CHURRASCO ESTÁ DOS DEUSES!", EXCLAMOU SEU JORGE, O AÇOUGUEIRO DA CIDADE.

 

"DEVE SER OBRA DE UM FANTASMA AMIGO", BRINCOU DONA RITA, A DONA DA PADARIA.

 

AS CRIANÇAS RIRAM E GRITARAM, IMAGINANDO QUE UM FANTASMA ESTAVA ENTRE ELAS. E, NAQUELE MOMENTO, BUGALOO PERCEBEU QUE HAVIA ENCONTRADO O SEU LUGAR. ELE NÃO PRECISAVA ASSUSTAR NINGUÉM; PODIA SER O FANTASMA DO CHURRASQUEIRO QUE ANIMAVA OS EVENTOS COM SABOR E ALEGRIA.

 

DESDE ENTÃO, BUGALOO TORNOU-SE A LENDA DO PARQUE CENTRAL DE NUVEM BRANCA. EM TODA REUNIÃO DE CHURRASCO, OS MORADORES DEIXAVAM UM ESPACINHO NA CHURRASQUEIRA PARA O FANTASMA COZINHAR SUAS ESPECIARIAS SECRETAS.

 

E ASSIM BUGALOO CONTINUOU FLUTUANDO E APRECIANDO CADA BRASA E CADA RISADA, PROVANDO QUE ATÉ UM FANTASMA PODE ENCONTRAR SUA PAIXÃO NO CALOR DE UMA BOA CHURRASQUEIRA.

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 15/08/2024
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