ERA UMA VEZ, HÁ MUITO TEMPO, NO DESERTO QUENTE E ÁRIDO DE ZIN, O POVO DE ISRAEL CAMINHAVA EXAUSTO EM BUSCA DA TERRA PROMETIDA. DEPOIS DE TANTOS ANOS DE JORNADA, TODOS ESTAVAM CANSADOS, COM SEDE E DESANIMADOS. OS OLHOS BRILHANTES DAS CRIANÇAS AGORA ESTAVAM OFUSCADOS PELA POEIRA DO DESERTO, E OS ADULTOS MURMURAVAM, RECLAMANDO DE SUA DIFÍCIL SITUAÇÃO.
ENTRE ELES ESTAVA MOISÉS, O LÍDER ESCOLHIDO POR DEUS PARA CONDUZI-LOS. ELE ERA UM HOMEM SÁBIO, MAS TAMBÉM ESTAVA EXAUSTO. SEUS CABELOS JÁ ESTAVAM GRISALHOS E SUA BARBA LONGA, SINAL DOS MUITOS ANOS DE LIDERANÇA E DAS INCONTÁVEIS BATALHAS QUE ENFRENTARA. AO SEU LADO, SEMPRE ESTAVA SEU IRMÃO AARÃO, O SACERDOTE, QUE APOIAVA MOISÉS EM TODAS AS DECISÕES.
UM DIA, O POVO ESTAVA ESPECIALMENTE SEDENTO. NÃO HAVIA ÁGUA EM LUGAR NENHUM, E AS VOZES DE DESESPERO SE TORNARAM GRITOS. “POR QUE NOS TROUXESTES A ESTE DESERTO, MOISÉS? VAMOS TODOS MORRER DE SEDE AQUI!” AS PALAVRAS DURAS PESARAM NO CORAÇÃO DE MOISÉS, QUE NÃO SABIA MAIS O QUE FAZER. ELE PRECISAVA DE AJUDA.
MOISÉS E AARÃO SE AFASTARAM DO POVO E FORAM ATÉ A TENDA DO ENCONTRO, O LUGAR ONDE ELES CONVERSAVAM COM DEUS. ELES SE PROSTRARAM NO CHÃO E PEDIRAM ORIENTAÇÃO AO SENHOR. DEUS, SEMPRE PRESENTE E MISERICORDIOSO, RESPONDEU:
“MOISÉS, PEGUE O TEU CAJADO E REÚNA O POVO DIANTE DE UM GRANDE ROCHEDO. EU FALAREI A VOCÊ E, AO TOCAR O ROCHEDO COM O CAJADO, A ÁGUA BROTARÁ DELE, SUFICIENTE PARA TODOS BEBEREM.”
MOISÉS FEZ COMO DEUS MANDOU. ELE E AARÃO REUNIRAM O POVO DIANTE DO GRANDE ROCHEDO. AS CRIANÇAS OLHARAM CURIOSAS, E OS ADULTOS ESPERAVAM ANSIOSOS. MOISÉS ERGUEU SEU CAJADO, MAS SEU CORAÇÃO ESTAVA PESADO. EM MEIO À PRESSÃO DO MOMENTO E AO CANSAÇO, ELE SE DEIXOU LEVAR PELA RAIVA.
“OUÇAM AGORA, REBELDES!” ELE DISSE AO POVO. “SERÁ QUE DEVEMOS FAZER SAIR ÁGUA DESTE ROCHEDO PARA VOCÊS?”
ENTÃO, MOISÉS BATEU COM FORÇA NO ROCHEDO DUAS VEZES. E, DE REPENTE, JORROS DE ÁGUA CRISTALINA COMEÇARAM A BROTAR, ENCHENDO O DESERTO SECO COM VIDA E FRESCOR. O POVO CORREU PARA BEBER, SACIANDO SUA SEDE E AGRADECENDO A DEUS PELO MILAGRE. AS CRIANÇAS BRINCAVAM NAS POÇAS QUE SE FORMARAM, ENQUANTO OS ADULTOS ENCHIAM SEUS RECIPIENTES DE ÁGUA.
MAS DEUS ESTAVA OBSERVANDO TUDO. EMBORA A ÁGUA TIVESSE SIDO DADA AO POVO, DEUS CHAMOU MOISÉS E AARÃO E LHES DISSE COM TRISTEZA: “PORQUE VOCÊS NÃO CONFIARAM EM MIM O SUFICIENTE PARA ME HONRAR DIANTE DO POVO DE ISRAEL, VOCÊS NÃO LEVARÃO ESTA ASSEMBLEIA À TERRA PROMETIDA.”
MOISÉS E AARÃO FICARAM EM SILÊNCIO, SABENDO QUE HAVIAM AGIDO POR CONTA PRÓPRIA E NÃO COMO DEUS HAVIA ORDENADO. ELES SE ARREPENDERAM DE SEUS ATOS E CONTINUARAM A GUIAR O POVO, SABENDO QUE, EMBORA NÃO PUDESSEM ENTRAR NA TERRA PROMETIDA, DEUS AINDA ESTAVA COM ELES.
ANOS SE PASSARAM, E MOISÉS LEMBROU AO POVO DE TUDO QUE HAVIAM APRENDIDO DURANTE SUA LONGA JORNADA PELO DESERTO. ELE DISSE: “POR QUARENTA ANOS DEUS CUIDOU DE NÓS. NOSSAS ROUPAS NÃO SE GASTARAM, E NOSSOS PÉS NÃO SE INCHARAM. DEUS SEMPRE FOI FIEL.”
E ASSIM, O POVO DE ISRAEL CONTINUOU SUA CAMINHADA, GUIADO PELO AMOR E PELA SABEDORIA DE DEUS, SABENDO QUE CADA DIA ERA UMA LIÇÃO E QUE, MESMO NOS MOMENTOS DIFÍCEIS, DEUS ESTAVA SEMPRE PRESENTE, OFERECENDO ÁGUA VIVA PARA SACIAR A SEDE DE SEUS CORAÇÕES.