A FADINHA E O DRAGÃO
ERA UMA VEZ, EM UM REINO ENCANTADO, UMA FADINHA CHAMADA LILA. ELA ERA PEQUENA, COM ASAS CINTILANTES E UM SORRISO QUE ILUMINAVA A FLORESTA AO SEU REDOR. LILA TINHA UM DOM ESPECIAL: ELA PODIA FAZER AS PLANTAS CRESCEREM COM UM SIMPLES TOQUE E CONTROLAR O FLUXO DOS RIOS COM UMA CANÇÃO SUAVE. AS COMUNIDADES PRÓXIMAS A RESPEITAVAM, POIS SABIAM QUE TANTO A PROSPERIDADE QUANTO AS ENFERMIDADES PODERIAM VIR DE SEUS ENCANTOS.
UM DIA, ENQUANTO LILA VOAVA SOBRE O BOSQUE, ELA OUVIU UM RUGIDO ASSUSTADOR. CURIOSA E UM POUCO ASSUSTADA, DECIDIU INVESTIGAR. SEGUINDO O SOM, ENCONTROU UMA CAVERNA ESCURA DE ONDE SAÍA UMA FUMAÇA DENSA E NEGRA. LILA BATEU SUAS ASAS E ENTROU CUIDADOSAMENTE.
DENTRO DA CAVERNA, HAVIA UM DRAGÃO COLOSSAL. SUAS ESCAMAS BRILHAVAM COMO PEDRAS PRECIOSAS E SEUS OLHOS ERAM COMO FOGO VIVO. ESTE NÃO ERA UM DRAGÃO QUALQUER; ERA BAHAMUTE, O REI DOS DRAGÕES, COM TAMANHO E FORÇA IMENSURÁVEIS. DIZIAM QUE ELE ERA O DEUS DOS DRAGÕES, RESPEITADO E TEMIDO POR TODOS.
LILA, COM SUA NATUREZA DESTEMIDA, APROXIMOU-SE E PERGUNTOU COM UMA VOZ DOCE:
— POR QUE VOCÊ ESTÁ RUGINDO, GRANDE BAHAMUTE?
O DRAGÃO LEVANTOU A CABEÇA IMPONENTE E RESPONDEU:
— EU ESTOU COM UMA TERRÍVEL DOR DE BARRIGA, PEQUENA FADA. COMI ALGO QUE NÃO DEVERIA E AGORA ESTOU SOFRENDO.
LILA, SEMPRE DISPOSTA A AJUDAR, SORRIU E DISSE:
— DEIXE-ME VER O QUE POSSO FAZER. TALVEZ EU CONSIGA TE AJUDAR COM MEUS PODERES.
ELA TOCOU GENTILMENTE A BARRIGA DE BAHAMUTE E CANTOU UMA CANÇÃO SUAVE. AS ESCAMAS DO DRAGÃO COMEÇARAM A BRILHAR MAIS INTENSAMENTE, E A DOR QUE ELE SENTIA FOI DESAPARECENDO LENTAMENTE. BAHAMUTE SUSPIROU ALIVIADO E SORRIU PARA A PEQUENA FADA.
— OBRIGADO, LILA. VOCÊ TEM UM CORAÇÃO TÃO GRANDE QUANTO SEU PODER — DISSE O DRAGÃO, GRATO.
A PARTIR DAQUELE DIA, BAHAMUTE E LILA SE TORNARAM GRANDES AMIGOS. O DRAGÃO PROTEGIA A FLORESTA E SEUS HABITANTES, E A FADINHA CUIDAVA PARA QUE TUDO CRESCESSE SAUDÁVEL E EM HARMONIA. JUNTOS, ELES TROUXERAM PAZ E PROSPERIDADE AO REINO ENCANTADO.