NA FLORESTA NEGRA, ONDE AS ÁRVORES ALTAS E DENSAS FORMAVAM UM VÉU ESCURO SOBRE O SOLO, VIVIA UMA PEQUENA RATINHA CHAMADA RITINHA. ELA ERA CONHECIDA POR TODOS COMO A MELHOR COSTUREIRA DA FLORESTA. SUAS PATINHAS ÁGEIS CRIAVAM AS ROUPAS MAIS FINAS E CONFORTÁVEIS, E SEU OLHAR ATENTO AOS DETALHES FAZIA COM QUE CADA PEÇA FOSSE UMA OBRA DE ARTE.
O INVERNO NA FLORESTA NEGRA ERA CRUEL. TEMPESTADES, VENTANIAS E NEVASCAS TRANSFORMAVAM A FLORESTA EM UM LUGAR GELADO E DESACOLHEDOR. MUITOS ANIMAIS PERDERAM SUAS CASAS, E OUTROS NÃO TINHAM AGASALHOS PARA SE PROTEGER DO FRIO TENEBROSO QUE DOMINAVA A FLORESTA.
RITINHA, AO VER A NECESSIDADE DE SEUS AMIGOS, DECIDIU USAR SEU TALENTO PARA AJUDÁ-LOS. ELA MONTOU UM PEQUENO ATELIÊ EM SUA TOCA ACONCHEGANTE E COMEÇOU A TRABALHAR INCANSAVELMENTE. COM SUAS AGULHAS E LINHAS, CRIOU CASACOS QUENTINHOS, CACHECÓIS MACIOS E GORROS FOFINHOS PARA TODOS.
UM DIA, ENQUANTO COSTURAVA UM CACHECOL PARA A RAPOSA FÉLIX, UMA FORTE VENTANIA SOPROU, APAGANDO A LAREIRA DE RITINHA. ELA SENTIU UM CALAFRIO E SOUBE QUE PRECISAVA FAZER ALGO RÁPIDO PARA MANTER SEU ATELIÊ AQUECIDO E CONTINUAR AJUDANDO SEUS AMIGOS. RITINHA ENTÃO TEVE UMA IDEIA BRILHANTE.
ELA CHAMOU TODOS OS ANIMAIS DA FLORESTA PARA UMA REUNIÃO EM SUA TOCA. COELHOS, ESQUILOS, CORUJAS E ATÉ MESMO O URSO GRANDALHÃO, HUGO, SE REUNIRAM PARA OUVIR O PLANO DA PEQUENA RATINHA.
— AMIGOS, PRECISAMOS TRABALHAR JUNTOS PARA ENFRENTAR ESTE INVERNO RIGOROSO — DISSE RITINHA, COM SEUS OLHINHOS BRILHANDO DE DETERMINAÇÃO. — SE TODOS TROUXEREM UM POUCO DE LENHA, PODEREMOS MANTER A LAREIRA ACESA E AQUECER NOSSO ATELIÊ, PARA QUE EU POSSA CONTINUAR COSTURANDO ROUPAS PARA TODOS.
OS ANIMAIS CONCORDARAM E, EM POUCO TEMPO, COMEÇARAM A TRAZER LENHA DE TODOS OS CANTOS DA FLORESTA. A LAREIRA DE RITINHA VOLTOU A ARDER, E ELA PÔDE CONTINUAR SEU TRABALHO. DIA E NOITE, A RATINHA COSTURAVA SEM PARAR, COM AMOR E DEDICAÇÃO.
A CADA NOVA PEÇA QUE RITINHA ENTREGAVA, OS ANIMAIS SENTIAM-SE MAIS AQUECIDOS E PROTEGIDOS. A CORUJA OLÍVIA RECEBEU UM BELO GORRO DE LÃ, O COELHO TOBIAS GANHOU UM CASACO FELPUDO, E ATÉ O URSO HUGO TEVE UMA CAPA GROSSA PARA SE PROTEGER DO FRIO.
ENQUANTO O INVERNO AVANÇAVA, A BONDADE DE RITINHA ESPALHAVA CALOR PELA FLORESTA NEGRA. SEU ATELIÊ SE TORNOU UM LUGAR DE ESPERANÇA E UNIÃO. MESMO NOS DIAS MAIS FRIOS, O CALOR DA AMIZADE E DA SOLIDARIEDADE MANTINHA TODOS AQUECIDOS.
QUANDO FINALMENTE A PRIMAVERA CHEGOU, A NEVE COMEÇOU A DERRETER E AS FLORES DESABROCHARAM NOVAMENTE. OS ANIMAIS, GRATOS PELA AJUDA DE RITINHA, DECIDIRAM FAZER UMA SURPRESA PARA ELA. JUNTOS, CONSTRUÍRAM UMA NOVA TOCA, MAIOR E MAIS ACONCHEGANTE, PARA QUE A RATINHA COSTUREIRA PUDESSE CONTINUAR SEU TRABALHO EM CONFORTO.
RITINHA FICOU EMOCIONADA COM O GESTO DOS SEUS AMIGOS. A PARTIR DAQUELE DIA, SUA TOCA SE TORNOU NÃO APENAS UM ATELIÊ, MAS TAMBÉM UM LUGAR DE ENCONTROS E CELEBRAÇÕES.
E ASSIM, A PEQUENA RATINHA RITINHA, COM SUAS HABILIDADES E GENEROSIDADE, MOSTROU QUE O CALOR DO AMOR E DA AMIZADE PODE VENCER ATÉ MESMO OS INVERNOS MAIS RIGOROSOS DA FLORESTA NEGRA.