ERA UMA VEZ, NUMA TERRA DISTANTE E MÁGICA, ONDE EXISTIA O LENDÁRIO REINO DE CAXINGÓ. DURANTE SÉCULOS, CAXINGÓ HAVIA SIDO ESQUECIDO PELO MUNDO EXTERIOR, ESCONDIDO SOB O MANTO DO TEMPO E DO MISTÉRIO. DIZIAM QUE APENAS EM NOITES DE LUA CHEIA ERA POSSÍVEL ENCONTRAR O CAMINHO ATÉ LÁ. E NUMA DESSAS NOITES, A BRUXA MIRALDA RESOLVEU EMBARCAR NUMA AVENTURA QUE PROMETIA SUSPENSE, RISADAS E MUITAS SURPRESAS.
GILDA, UMA BRUXA COM UM SENSO DE HUMOR PECULIAR E UM NARIZ QUE MAIS PARECIA UM ANZOL, ADORAVA AVENTURAS. ELA VIVIA NUMA CABANA TORTA NO MEIO DA FLORESTA, CHEIA DE POÇÕES E LIVROS ANTIGOS. NAQUELA NOITE DE LUA CHEIA, MIRALDA CONSULTOU SEU CALDEIRÃO, QUE LHE REVELOU O CAMINHO PARA O ESQUECIDO REINO DE CAXINGÓ.
"FINALMENTE UM DESAFIO À ALTURA DA MINHA INTELIGÊNCIA!" EXCLAMOU ELA, RINDO E SACUDINDO SEU CHAPÉU PONTUDO.
MUNIDA DE SUA VASSOURA E UM MAPA DESENHADO ÀS PRESSAS NUM PERGAMINHO VELHO, MIRALDA PARTIU EM DIREÇÃO A CAXINGÓ. O CAMINHO ERA CHEIO DE PERIPÉCIAS: ÁRVORES FALANTES QUE CONTAVAM PIADAS (NEM SEMPRE BOAS), PEDRAS QUE SE MOVIAM DE LUGAR E UM RIACHO QUE SÓ PERMITIA A TRAVESSIA DEPOIS DE UM ENIGMA SOLUCIONADO.
"QUAL É O ANIMAL QUE ANDA DE MANHÃ SOBRE QUATRO PATAS, AO MEIO-DIA SOBRE DUAS E À NOITE SOBRE TRÊS?" PERGUNTOU O RIACHO.
"AH, ESSA É FÁCIL! É O HOMEM," RESPONDEU MIRALDA, PISCANDO. E O RIACHO, ENCANTADO COM A RAPIDEZ DA RESPOSTA, ABRIU-SE EM UM ARCO-ÍRIS LÍQUIDO, PERMITINDO SUA PASSAGEM.
FINALMENTE, APÓS MUITAS RISADAS E ALGUNS SUSTOS, MIRALDA AVISTOU OS PORTÕES DO REINO DE CAXINGÓ. ERAM IMENSOS E DECORADOS COM MOSAICOS BRILHANTES QUE REFLETIAM A LUZ DA LUA, CRIANDO UM ESPETÁCULO DE CORES.
"AGORA SIM, CHEGOU A HORA DA DIVERSÃO!" MURMUROU MIRALDA, EMPURRANDO OS PORTÕES QUE RANGERAM, FAZENDO ECOAR UM SOM MISTERIOSO PELA NOITE.
DENTRO DO REINO, GILDA ENCONTROU-SE EM MEIO A UMA CIDADE ESQUECIDA, MAS CHEIA DE VIDA. OS HABITANTES DE CAXINGÓ, SERES MÁGICOS DE TODAS AS FORMAS E TAMANHOS, ESTAVAM NUM SONO PROFUNDO, COMO SE TIVESSEM SIDO CONGELADOS NO TEMPO. CURIOSA E SEM PERDER O HUMOR, MIRALDA DECIDIU EXPLORAR MAIS A FUNDO.
EM SEU PASSEIO, ELA ENCONTROU UMA BIBLIOTECA GIGANTESCA. "QUEM SABE O SEGREDO PARA DESPERTAR CAXINGÓ NÃO ESTÁ AQUI?" PENSOU ELA, PUXANDO UM LIVRO PESADO DA PRATELEIRA. O TÍTULO ERA: "COMO ACORDAR UM REINO ADORMECIDO - GUIA PARA BRUXAS AVENTUREIRAS."
"MAS QUE SORTE A MINHA!" EXCLAMOU GILDA, RINDO ALTO. SEGUINDO AS INSTRUÇÕES DO LIVRO, ELA MISTUROU ALGUNS INGREDIENTES MÁGICOS – UM FIO DE CABELO DE DRAGÃO, UMA LÁGRIMA DE FÊNIX E UM POUCO DE PÓ DE RISADA DE GNOMO. MEXEU TUDO NO SEU CALDEIRÃO PORTÁTIL E ESPALHOU A POÇÃO PELOS VENTOS DE CAXINGÓ.
POUCO A POUCO, OS HABITANTES COMEÇARAM A DESPERTAR. PRIMEIRO, BOCEJOS; DEPOIS, SORRISOS; E POR FIM, RISADAS E ABRAÇOS. O REINO ESTAVA VIVO NOVAMENTE, GRAÇAS À BRUXA ENGRAÇADA E DESTEMIDA.
O REI DE CAXINGÓ, UM ELFO DE BARBA LONGA E OLHOS SÁBIOS, APROXIMOU-SE DE GILDA E AGRADECEU-A PROFUNDAMENTE. "VOCÊ TROUXE DE VOLTA A ALEGRIA E A VIDA AO NOSSO REINO. COMO RECOMPENSA, OFEREÇO-LHE A SABEDORIA ETERNA E A AMIZADE DE CAXINGÓ."
GILDA, COM UM SORRISO TRAVESSO, ACEITOU A OFERTA, MAS NÃO SEM ANTES DIZER: "SABEDORIA ETERNA EU ACEITO, MAS A AMIZADE É O MAIOR TESOURO QUE POSSO TER ENCONTRADO!"