HÁ MUITOS SÉCULOS, NO ANTIGO EGITO, REINAVA O PODEROSO FARAÓ AMENHOTEP, CUJO NOME ERA GUARDADO COM TEMOR E ADMIRAÇÃO POR TODOS OS SEUS SÚDITOS. SOB O SOL ESCALDANTE DO DESERTO, ERGUIA-SE A MAJESTOSA PIRÂMIDE ONDE AMENHOTEP ESCONDIA UM SEGREDO QUE DESAFIAVA A CURIOSIDADE DE TODOS: UM ENIGMA TÃO BEM GUARDADO QUE, DIZIAM, ESTAVA TRANCADO A SETE CHAVES.

OS ESCRAVOS QUE TRABALHAVAM INCANSAVELMENTE NA CONSTRUÇÃO DAS GRANDIOSAS PIRÂMIDES SUSPEITAVAM DA EXISTÊNCIA DESSE SEGREDO. ENTRE ELES, HAVIA UM JOVEM E DESTEMIDO ESCRAVO CHAMADO KAFRA, CUJO ESPÍRITO INQUIETO ANSIAVA POR DESVENDAR OS MISTÉRIOS QUE PERMEAVAM A VIDA NO PALÁCIO REAL.

CERTA NOITE, ENQUANTO OBSERVAVA AS ESTRELAS CINTILANTES SOBRE AS DUNAS DE AREIA, KAFRA ESCUTOU UM SUSSURRO VINDO DAS SOMBRAS DAS PIRÂMIDES. ERA UMA VOZ SUAVE, QUASE ETÉREA, QUE PARECIA CHAMÁ-LO PARA UMA JORNADA ALÉM DOS LIMITES CONHECIDOS.

— KAFRA... — MURMUROU A VOZ. — A RESPOSTA QUE PROCURAS SE ENCONTRA NA PIRÂMIDE DE AMENHOTEP. A CHAVE ESTÁ EM COMPREENDER OS SÍMBOLOS ESCULPIDOS NAS PAREDES, MAS CUIDADO COM OS GUARDIÕES DO SEGREDO.

DETERMINADO A DESVENDAR O ENIGMA, KAFRA INICIOU SUA JORNADA AO AMANHECER. ESQUIVANDO-SE DAS PATRULHAS NOTURNAS, ELE ADENTROU NOS CORREDORES LABIRÍNTICOS DA PIRÂMIDE, ONDE CADA PASSO ECOAVA COMO UM SUSSURRO ANCESTRAL. AS PAREDES ERAM ADORNADAS COM HIERÓGLIFOS QUE CONTAVAM HISTÓRIAS DE GLÓRIA E MISTÉRIO, MAS TAMBÉM ESCONDIAM SEGREDOS PROFUNDOS.

DURANTE DIAS E NOITES, KAFRA ESTUDOU CADA INSCRIÇÃO, DECIFRANDO ENIGMAS QUE DESAFIAVAM SUA COMPREENSÃO. AO SEU LADO, UMA SOMBRA SILENCIOSA E IMPONENTE SURGIA: A ESFINGE, GUARDIÃ DO CONHECIMENTO ANTIGO, OBSERVAVA COM OLHOS PENETRANTES CADA MOVIMENTO DO JOVEM ESCRAVO.

— POR QUE BUSCAS O SEGREDO DE AMENHOTEP, JOVEM KAFRA? — PERGUNTOU A ESFINGE EM UM TOM GRAVE, SUA VOZ ECOANDO PELAS CÂMARAS SECRETAS DA PIRÂMIDE.

— PORQUE A VERDADE É COMO O SOL QUE ILUMINA O DESERTO, Ó GRANDE ESFINGE. ELA NÃO PODE SER ESCONDIDA PARA SEMPRE, E TODOS MERECEM CONHECER O MISTÉRIO QUE NOS FOI OCULTADO — RESPONDEU KAFRA COM DETERMINAÇÃO.

IMPRESSIONADA PELA CORAGEM E SABEDORIA DO JOVEM, A ESFINGE DECIDIU AUXILIÁ-LO EM SUA BUSCA. JUNTOS, ENFRENTARAM ARMADILHAS ARDILOSAS, DESVENDARAM QUEBRA-CABEÇAS ANCESTRAIS E DESAFIARAM OS ESPÍRITOS DOS FARAÓS QUE HÁ MUITO DESCANSAVAM NAS SOMBRAS ETERNAS.

ATÉ QUE, FINALMENTE, EM UM DIA DE LUA CHEIA, QUANDO OS VENTOS DO DESERTO SUSSURRAVAM SEGREDOS PERDIDOS, KAFRA ENCONTROU A ÚLTIMA CHAVE QUE ABRIA A CÂMARA SECRETA DE AMENHOTEP. COM MÃOS TRÊMULAS, ELE GIROU A CHAVE NO ANTIGO SARCÓFAGO, REVELANDO UMA LUZ DOURADA QUE IRRADIAVA DE DENTRO.

— DESCOBRISTE, JOVEM KAFRA, O SEGREDO DO FARAÓ — DECLAROU A ESFINGE, COM SEUS OLHOS BRILHANDO DE ADMIRAÇÃO.

KAFRA, DISSE:

— DENTRO DA CÂMARA, HAVIA UM BAÚ COM UM PAPIRO REVELANDO O SEU ENIGMA, GRANDE E PODEROSA ESFINGE!

— QUAL ANIMAL TEM QUATRO PATAS PELA MANHÃ, DUAS PELA TARDE E À NOITE TRÊS PATAS?

O HOMEM. ELE ENGATINHA QUANDO CRIANÇA, CAMINHA QUANDO É ADULTO E PRECISA DE UMA BENGALA ASSIM QUE ENVELHECE.

  E A ESFINGE COM CARA DE POUCOS AMIGOS, RESPONDEU:                                                                                            --     -  — DESSA VEZ, VOCÊ DESCOBRIU O SEGREDO DO FARAÓ, ESCAPANDO DE SER DEVORADO, MAIS DA PRÓXIMA VEZ DECIFRA-ME OU TE DEVORO".