Contos doTio-Avô
Saulo Piva Romero
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ERA UMA VEZ, EM UM PEQUENO VILAREJO PERTO DE UM BOSQUE ENCANTADO, UMA JARDINEIRA CHAMADA CLARA. ELA ERA CONHECIDA POR SEU BELO JARDIM, CHEIO DE FLORES COLORIDAS E FRAGRANTES. NO ENTANTO, O QUE NINGUÉM SABIA ERA QUE CLARA TINHA UM SEGREDO: UM PAR DE BOTAS ENCANTADAS. ESSAS BOTAS FALAVAM, E CLARA AS ENCONTROU EM UMA NOITE DE LUA CHEIA, ABANDONADAS NA BEIRA DO BOSQUE.

UMA MANHÃ, CLARA DECIDIU FAZER ALGO ESPECIAL. ELA FOI ATÉ O BOSQUE ENCANTADO E COLHEU ALGUMAS DAS MAIS BELAS ROSAS QUE JÁ HAVIA VISTO. ELAS TINHAM CORES VIBRANTES E UM PERFUME IRRESISTÍVEL. SEM PENSAR DUAS VEZES, ELA COLOCOU AS ROSAS DENTRO DAS BOTAS PARA LEVÁ-LAS AO MERCADO. MAL SABIA ELA QUE ESSAS ROSAS TAMBÉM ERAM ENCANTADAS PELA BRUXA DO BOSQUE.

ASSIM QUE CLARA COLOCOU AS ROSAS DENTRO DAS BOTAS, ELAS COMEÇARAM A CONVERSAR.

"EI! O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?" EXCLAMOU UMA DAS BOTAS, SURPREENDENDO AS ROSAS.

"AH, QUEM ESTÁ AÍ?" RESPONDEU UMA ROSA COR-DE-ROSA, AINDA MEIO SONOLENTA.

"SOU EU, BOTILDA, A BOTA ESQUERDA. E ESTA É BOTINO, MEU PAR," DISSE A BOTA COM UMA RISADA. "E VOCÊS, QUEM SÃO?"

"SOMOS ROSAS ENCANTADAS," DISSE A ROSA VERMELHA. "EU SOU ROSAURA, E ESTAS SÃO MINHAS IRMÃS, ROSITA E ROSÁLIA. FOMOS COLHIDAS PELA GENTIL JARDINEIRA CLARA."

"PRAZER EM CONHECÊ-LAS," RESPONDEU BOTINO. "MAS O QUE ESTÃO FAZENDO DENTRO DE NÓS?"

"NÃO SABEMOS," RESPONDEU ROSITA. "ACHO QUE ELA ACHOU QUE SERIA UMA BOA MANEIRA DE NOS CARREGAR."

" É MESMO!" RIU BOTILDA. "MAS, DIGA-NOS, VOCÊS SEMPRE FALAM?"

"SOMENTE QUANDO SOMOS ENCANTADAS," RESPONDEU ROSAURA COM UM SORRISO TÍMIDO. "E PARECE QUE ESTAMOS DESTINADAS A UMA AVENTURA HOJE."

AS BOTAS RIRAM JUNTAS. "BEM, ENTÃO VAMOS APROVEITAR! AFINAL, NÃO É TODO DIA QUE BOTAS E ROSAS CONVERSAM."

CLARA, ALHEIA À CONVERSA MÁGICA ACONTECENDO EM SUAS BOTAS, CAMINHAVA ALEGREMENTE PARA O MERCADO. AS BOTAS E AS ROSAS CONTINUARAM A CONVERSAR, TROCANDO HISTÓRIAS ENGRAÇADAS E COMENTÁRIOS SOBRE O MUNDO AO SEU REDOR.

"OLHEM, MENINAS," DISSE BOTINO, "VEJAM AQUELA SENHORA COM O CHAPÉU ENORME! PARECE QUE ELA TEM UM PASSARINHO MORANDO LÁ!"

TODAS RIRAM, E ROSÁLIA DISSE, "IMAGINEM SE O PASSARINHO DECIDIR CANTAR BEM NO MEIO DO MERCADO!"

A CONVERSA FOI ASSIM, CHEIA DE RISADAS E BOM HUMOR, ATÉ QUE CLARA CHEGOU AO MERCADO. ELA CUIDADOSAMENTE TIROU AS ROSAS DAS BOTAS E AS COLOCOU EM UM BELO VASO PARA VENDER.

"VAMOS, MENINAS, VAMOS NOS DESPEDIR," DISSE BOTILDA, UM POUCO TRISTE. "FOI DIVERTIDO ENQUANTO DUROU."

"SIM, FOI," RESPONDEU ROSAURA. "MAS TALVEZ NOS ENCONTREMOS NOVAMENTE UM DIA."

COM UM ÚLTIMO SUSPIRO PERFUMADO, AS ROSAS SE DESPEDIRAM DAS BOTAS. CLARA VENDEU AS ROSAS RAPIDAMENTE, SEM NUNCA SABER DA PEQUENA AVENTURA QUE SUAS BOTAS E AS ROSAS ENCANTADAS TIVERAM.

E ASSIM, AS BOTAS ENCANTADAS VOLTARAM PARA O BOSQUE, ESPERANDO ANSIOSAMENTE PELA PRÓXIMA AVENTURA. ENQUANTO ISSO, AS ROSAS ENCANTADAS CONTINUARAM A ESPALHAR BELEZA E MAGIA POR ONDE FOSSEM LEVADAS.

E ASSIM, O VILAREJO PERMANECEU ENCANTADO, NÃO APENAS PELAS FLORES, MAS PELAS PEQUENAS MARAVILHAS E SEGREDOS QUE O BOSQUE ENCANTADO SEMPRE GUARDAVA.

 

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 07/07/2024
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