Contos doTio-Avô
Saulo Piva Romero
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ERA UMA VEZ, EM UMA PRAIA ENSOLARADA DE HONOLULU, UMA BANANINHA CHAMADA MILENA. DIFERENTE DE OUTRAS FRUTAS QUE APENAS APROVEITAVAM O SOL, MILENA TINHA UMA PAIXÃO: A DANÇA HULA-HULA. COM SEUS PASSOS GRACIOSOS E DELICADOS, ELA ENCANTAVA TODAS AS FRUTAS DA ILHA.

 

CERTA NOITE, SOB A LUZ DO LUAR, MILENA SE PREPARAVA PARA MAIS UMA APRESENTAÇÃO ESPECIAL. ELA VESTIA UMA SAIA DE FOLHAS DE PALMEIRA E FLORES COLORIDAS, PRONTA PARA ENCANTAR A PLATEIA.

 

NO MEIO DA MULTIDÃO DE FRUTAS, ESTAVAM O ABACAXI ALFREDO, A MANGA MARISA E O COCO CARLOS. ELES ADORAVAM ASSISTIR MILENA DANÇAR.

 

— VOCÊ ACHA QUE ELA VAI FAZER AQUELE GIRO INCRÍVEL HOJE? — PERGUNTOU ALFREDO, COM SEUS ESPINHOS BALANÇANDO DE ANSIEDADE.

 

— TENHO CERTEZA! — RESPONDEU MARISA, AJEITANDO SUA CASCA BRILHANTE. — MILENA SEMPRE TEM UMA SURPRESA GUARDADA.

 

CARLOS, O COCO, APENAS SORRIU. ELE SABIA QUE MILENA ERA UMA DANÇARINA INCRÍVEL E QUE A NOITE SERIA MÁGICA.

 

QUANDO A MÚSICA COMEÇOU, MILENA DEU O PRIMEIRO PASSO. SEUS MOVIMENTOS ERAM SUAVES COMO A BRISA DO MAR, E CADA GESTO CONTAVA UMA HISTÓRIA SOBRE A MITOLOGIA HAVAIANA, CHEIA DE LENDAS, ORAÇÕES E AMOR À MÃE NATUREZA. AS OUTRAS FRUTAS ASSISTIAM, HIPNOTIZADAS.

 

DE REPENTE, UM BARULHO ESTRANHO VEIO DA AREIA. ERA TICO, O CARANGUEJO, QUE SEMPRE SE METIA EM CONFUSÕES.

 

— EI, TICO! — GRITOU ALFREDO. — VOCÊ ESTÁ ATRAPALHANDO A DANÇA!

 

— DESCULPEM! — RESPONDEU TICO, TENTANDO DESENTERRAR SUA PATA DA AREIA. — SÓ QUERIA UM BOM LUGAR PARA VER!

 

MILENA SORRIU ENQUANTO CONTINUAVA A DANÇAR. ELA SABIA QUE TICO NÃO TINHA MÁS INTENÇÕES. COM UM SALTO GRACIOSO, ELA CHEGOU PERTO DO CARANGUEJO E, COM UM MOVIMENTO RÁPIDO, AJUDOU-O A SE LIVRAR DA AREIA. A PLATEIA APLAUDIU, NÃO APENAS PELA DANÇA, MAS PELA GENTILEZA DE MILENA.

 

— OBRIGADO, MILENA! — DISSE TICO, ENVERGONHADO.

 

— DE NADA, TICO! — RESPONDEU ELA, VOLTANDO AOS PASSOS DA HULA-HULA. — A DANÇA É PARA TODOS.

 

A APRESENTAÇÃO CONTINUOU, COM MILENA RODOPIANDO SOB A LUZ DO LUAR. CADA MOVIMENTO PARECIA CONTAR UMA NOVA LENDA, E AS FRUTAS SE SENTIAM CADA VEZ MAIS CONECTADAS COM A NATUREZA AO REDOR. NO FINAL, MILENA TERMINOU COM UM MOVIMENTO FINAL TÃO ELEGANTE QUE ATÉ AS ESTRELAS PARECIAM APLAUDIR.

 

— ISSO FOI INCRÍVEL! — EXCLAMOU MARISA, AINDA ENCANTADA.

 

— MILENA, VOCÊ É A MELHOR DANÇARINA QUE JÁ VI! — DISSE CARLOS, SINCERAMENTE.

 

— AH, OBRIGADA, PESSOAL! — RESPONDEU MILENA, CORANDO UM POUCO. — A HULA-HULA É MINHA PAIXÃO. É UMA FORMA DE MOSTRAR AMOR PELA NATUREZA E PELAS HISTÓRIAS QUE FAZEM PARTE DE NOSSA ILHA.

 

E ASSIM, SOB O BRILHO DA LUA E COM A BRISA DO MAR ACARICIANDO SUAS CASCAS, TODAS AS FRUTAS DE HONOLULU APRENDERAM A VALORIZAR AINDA MAIS A BELEZA E A MAGIA DA DANÇA HULA-HULA, GRAÇAS À GRACIOSA BANANINHA MILENA.

 

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 28/06/2024
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