ERA UMA VEZ UMA MENINA CHAMADA LOLA. COM SEUS CABELOS PRESOS POR LACINHOS COR-DE-ROSA E OLHOS CURIOSOS, ELA GOSTAVA DE EXPLORAR OS ARREDORES DE SUA CASA NA PEQUENA VILA ONDE MORAVA. CERTO DIA, ENQUANTO BRINCAVA NO JARDIM, LOLA SE DISTRAIU E, SEM PERCEBER, ACABOU SE AFASTANDO E ENTRANDO NA FLORESTA PRÓXIMA.
A FLORESTA ERA DENSA E CHEIA DE MISTÉRIOS. A CADA PASSO, LOLA SE SENTIA MAIS LONGE DE CASA. "EU DEVIA TER PRESTADO MAIS ATENÇÃO", PENSOU LOLA, SENTINDO UM FRIO NA BARRIGA. A LUZ DO SOL COMEÇAVA A SE ESCONDER ENTRE AS ÁRVORES, DEIXANDO O AMBIENTE MAIS ESCURO E ASSUSTADOR.
DEPOIS DE ALGUM TEMPO CAMINHANDO, LOLA OUVIU UM SOM ESTRANHO. "HOO, HOO", ECOOU PELA FLORESTA. ASSUSTADA, ELA OLHOU AO REDOR E VIU UMA CORUJA POUSADA EM UM GALHO BAIXO. "OLÁ! MEU NOME É LOLA. VOCÊ SABE COMO SAIR DAQUI?" PERGUNTOU ELA, ESPERANÇOSA.
A CORUJA PISCOU LENTAMENTE E RESPONDEU: "EU SOU ORLA, A CORUJA SÁBIA DA FLORESTA. POSSO AJUDÁ-LA, MAS VOCÊ PRECISA SER CORAJOSA E SEGUIR MINHAS INSTRUÇÕES."
LOLA ASSENTIU, DETERMINADA A ENCONTRAR O CAMINHO DE VOLTA. ORLA A GUIOU POR TRILHAS ESTREITAS E SINUOSAS, EVITANDO OS PERIGOS DA FLORESTA. ENQUANTO CAMINHAVAM, OUVIRAM UM BARULHO DE FOLHAS SECAS SE MEXENDO.
DE REPENTE, UMA COELHA BRANCA E FOFA SALTOU NA FRENTE DELAS. "QUEM SÃO VOCÊS?" PERGUNTOU A COELHA, COM OS OLHOS ARREGALADOS.
"EU SOU LOLA E ESTA É ORLA. ESTAMOS TENTANDO ENCONTRAR O CAMINHO DE VOLTA PARA CASA", EXPLICOU LOLA.
"EU SOU LILI, A COELHA. EU CONHEÇO BEM ESSA FLORESTA. POSSO AJUDAR VOCÊS!" DISSE A COELHA, ABANANDO A CAUDA.
AS TRÊS FORMARAM UM TIME, CADA UMA CONTRIBUINDO COM SUAS HABILIDADES. ORLA USAVA SUA VISÃO AGUÇADA PARA OBSERVAR OS PERIGOS À DISTÂNCIA, ENQUANTO DEVA, COM SUA RAPIDEZ, CONSEGUIA ENCONTRAR AS TRILHAS MAIS SEGURAS. LOLA, COM SUA CORAGEM E DETERMINAÇÃO, MOTIVAVA O GRUPO A SEGUIR EM FRENTE.
DURANTE A JORNADA, ENFRENTARAM MUITOS DESAFIOS. EM CERTO PONTO, ENCONTRARAM UM RIO CAUDALOSO QUE BLOQUEAVA O CAMINHO. "COMO VAMOS ATRAVESSAR?" PERGUNTOU LOLA, PREOCUPADA.
ORLA VOOU PARA CIMA E AVISTOU UMA ÁRVORE CAÍDA QUE PODERIA SERVIR DE PONTE. "SIGAM-ME, ENCONTREI UMA SOLUÇÃO!", DISSE ELA.
COM CUIDADO, ATRAVESSARAM O RIO PELA ÁRVORE, SEGURANDO-SE FIRMEMENTE PARA NÃO CAIR. DO OUTRO LADO, ENCONTRARAM UMA CAVERNA ESCURA. "PRECISAMOS PASSAR POR AQUI, É O ÚNICO CAMINHO", DISSE LILI.
COM RECEIO, MAS CONFIANTES UMAS NAS OUTRAS, ENTRARAM NA CAVERNA. LÁ DENTRO, OUVIRAM RUÍDOS ESTRANHOS E VIRAM SOMBRAS SE MOVENDO. "MANTENHAM-SE JUNTAS", SUSSURROU ORLA, POUSANDO NO OMBRO DE LOLA.
DE REPENTE, UM RUGIDO ASSUSTADOR ECOOU PELA CAVERNA. "CORRAM!" GRITOU DEVA. ELAS COMEÇARAM A CORRER, DESVIANDO DAS PEDRAS E DAS SOMBRAS QUE PARECIAM PERSEGUI-LAS. AO SAIR DA CAVERNA, VIRAM A LUZ DO LUAR ILUMINANDO A SAÍDA.
EXAUSTAS, MAS ALIVIADAS, PERCEBERAM QUE ESTAVAM PERTO DA VILA DE LOLA. "CONSEGUIMOS!" EXCLAMOU LOLA, ABRAÇANDO SUAS NOVAS AMIGAS.
ORLA SORRIU E DISSE: "VOCÊ FOI MUITO CORAJOSA, LOLA. SEMPRE QUE PRECISAR, PODE CONTAR CONOSCO."
"SIM, FOI UMA AVENTURA E TANTO!" ACRESCENTOU LILI, COM UM SORRISO TRAVESSO.
LOLA AGRADECEU A ORLA E LILI PELA AJUDA E PROMETEU VISITÁ-LAS NA FLORESTA SEMPRE QUE PUDESSE. A PARTIR DAQUELE DIA, LOLA NUNCA MAIS TEVE MEDO DE SE PERDER, POIS SABIA QUE TINHA AMIGAS VERDADEIRAS QUE SEMPRE ESTARIAM AO SEU LADO.