Contos doTio-Avô
Saulo Piva Romero
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A VELHINHA E SEU CACHORRINHO TURRÃO

ERA UMA VEZ, NO CHARMOSO BAIRRO DO IPIRANGA, EM SÃO PAULO, UMA VELHINHA CHAMADA DONA AMÉLIA. ELA MORAVA EM UMA CASA AMARELA COM UM JARDIM REPLETO DE FLORES COLORIDAS. DONA AMÉLIA TINHA UM CACHORRINHO MUITO ESPECIAL CHAMADO TURRÃO, QUE ERA CONHECIDO POR SER TEIMOSO, MAS EXTREMAMENTE LEAL E CARINHOSO.

 

TODAS AS MANHÃS, DONA AMÉLIA E TURRÃO PASSEAVAM PELO PARQUE DA INDEPENDÊNCIA. ERA UMA ROTINA ADORÁVEL, CHEIA DE ENCONTROS COM AMIGOS E OUTRAS AVENTURAS COTIDIANAS. TURRÃO, UM YORKSHIRE TERRIER MARROM COM PÊLOS ESGROUVINHADOS, ADORAVA CORRER ATRÁS DOS POMBOS E LATIR PARA OS OUTROS CACHORROS. SUA TEIMOSIA, ENTRETANTO, SEMPRE GERAVA SITUAÇÕES ENGRAÇADAS E, ÀS VEZES, COMPLICADAS.

 

CERTA MANHÃ, ENQUANTO PASSEAVAM PELO PARQUE, DONA AMÉLIA E TURRÃO ENCONTRARAM UMA MENINA CHAMADA JÚLIA CHORANDO PERTO DO LAGO.

 

— O QUE ACONTECEU, QUERIDA? — PERGUNTOU DONA AMÉLIA COM SUA VOZ DOCE E PREOCUPADA.

 

— MEU GATINHO, MINGAU, SUBIU NAQUELA ÁRVORE E AGORA NÃO CONSEGUE DESCER! — RESPONDEU JÚLIA, APONTANDO PARA UMA ÁRVORE ALTA.

 

TURRÃO, COM SUAS ORELHAS LEVANTADAS E OLHAR ATENTO, PERCEBEU A SITUAÇÃO E COMEÇOU A LATIR INCESSANTEMENTE, CORRENDO EM DIREÇÃO À ÁRVORE.

 

— AH, TURRÃO! NÃO FAÇA ISSO! — EXCLAMOU DONA AMÉLIA, MAS O CACHORRINHO JÁ ESTAVA A POSTOS, OLHANDO PARA O ALTO E LATINDO PARA O GATINHO PRESO.

 

— TURRÃO, CALMA! VAMOS PENSAR EM UMA SOLUÇÃO. — DISSE DONA AMÉLIA, TENTANDO ACALMAR O CACHORRO TEIMOSO.

 

— EU POSSO SUBIR E PEGAR O MINGAU, MAS ESTOU COM MEDO DE CAIR. — DISSE JÚLIA, OLHANDO PARA A ALTURA DA ÁRVORE.

 

DONA AMÉLIA OLHOU AO REDOR E AVISTOU UM HOMEM FORTE E ALTO, CHAMADO SEU JOSÉ, QUE VENDIA PIPOCAS NO PARQUE.

 

— SEU JOSÉ, PODERIA NOS AJUDAR A RESGATAR O GATINHO? — PEDIU DONA AMÉLIA.

 

SEU JOSÉ, SEMPRE DISPOSTO A AJUDAR, PEGOU UMA ESCADA QUE USAVA PARA PENDURAR SUAS DECORAÇÕES E A POSICIONOU CONTRA A ÁRVORE. SUBINDO COM CUIDADO, ELE CONSEGUIU ALCANÇAR O MINGAU E O TROUXE DE VOLTA PARA A SEGURANÇA.

 

— MUITO OBRIGADA, SEU JOSÉ! — DISSE JÚLIA, ABRAÇANDO SEU GATINHO COM ALEGRIA.

 

TURRÃO, FELIZ COM O DESFECHO, CORREU ATÉ MINGAU E DEU ALGUMAS LAMBIDAS AMISTOSAS, MOSTRANDO QUE, APESAR DE TEIMOSO, ELE ERA UM AMIGO FIEL.

 

— TURRÃO, VOCÊ FEZ UM ÓTIMO TRABALHO HOJE! — DISSE DONA AMÉLIA, ACARICIANDO A CABEÇA DO CACHORRO. — MAS VAMOS CONTINUAR NOSSO PASSEIO ANTES QUE MAIS ALGUMA AVENTURA NOS ENCONTRE.

 

ENQUANTO VOLTAVAM PARA CASA, DONA AMÉLIA E TURRÃO SE DEPARARAM COM OUTRA SURPRESA: UM GRUPO DE CRIANÇAS ESTAVA TENTANDO MONTAR UM TEATRINHO NO PARQUE, MAS FALTAVA UM ATOR PARA O PAPEL DO CACHORRO. CLARO, TURRÃO FOI O ESCOLHIDO IMEDIATAMENTE!

 

— TURRÃO, VOCÊ ACEITA O PAPEL DE PROTAGONISTA? — BRINCOU DONA AMÉLIA.

 

O CACHORRINHO, COM SEU OLHAR TEIMOSO, ABANOU O RABO E DEU UM LATIDO DE APROVAÇÃO. AS CRIANÇAS RIRAM E APLAUDIRAM, PRONTAS PARA ENSAIAR SUA PEÇA COM O NOVO MEMBRO DO ELENCO.

 

NO FIM DO DIA, CANSADOS, MAS FELIZES, DONA AMÉLIA E TURRÃO VOLTARAM PARA CASA, SABENDO QUE CADA PASSEIO PELO IPIRANGA TRAZIA NOVAS AVENTURAS, AMIGOS E MUITA EMOÇÃO. E ASSIM, A VELHINHA E SEU CACHORRINHO TURRÃO CONTINUARAM A ALEGRAR O BAIRRO COM SUAS HISTÓRIAS, SEMPRE MOSTRANDO QUE, MESMO NAS SITUAÇÕES MAIS TEIMOSAS, O AMOR E A AMIZADE PREVALECEM.

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 24/06/2024
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