ERA UMA VEZ UMA MENINA CHAMADA BRISA, QUE VIVIA EM UMA PEQUENA CIDADE À BEIRA-MAR. BRISA ERA UMA ADOLESCENTE SONHADORA, SEMPRE COM UM SORRISO NO ROSTO E UMA ENORME VONTADE DE AJUDAR OS OUTROS. SEU MAIOR SONHO ERA SER ENFERMEIRA, PARA CUIDAR DAS PESSOAS E ALIVIAR SUAS DORES.

TODOS OS DIAS, BRISA IA À ESCOLA E DEPOIS CORRIA PARA A BIBLIOTECA, ONDE PASSAVA HORAS LENDO SOBRE A PROFISSÃO DOS SEUS SONHOS. ELA IMAGINAVA-SE VESTINDO UM UNIFORME BRANCO, COM UM ESTETOSCÓPIO PENDURADO NO PESCOÇO, CORRENDO PELOS CORREDORES DO HOSPITAL, CUIDANDO DOS PACIENTES E TRAZENDO CONFORTO A QUEM PRECISASSE.

CERTA TARDE, AO VOLTAR DA ESCOLA, BRISA ENCONTROU SUA MÃE, DONA CLARA, NA COZINHA.

— MAMÃE, HOJE A PROFESSORA PEDIU PARA ESCREVERMOS SOBRE NOSSOS SONHOS. EU ESCREVI SOBRE SER ENFERMEIRA. VOCÊ ACHA QUE EU VOU CONSEGUIR?

DONA CLARA, COM UM SORRISO CARINHOSO, RESPONDEU:

— CLARO QUE VAI, MINHA FILHA. VOCÊ TEM UM CORAÇÃO ENORME E UMA VONTADE IMENSA DE AJUDAR OS OUTROS. TENHO CERTEZA DE QUE VOCÊ SERÁ UMA EXCELENTE ENFERMEIRA.

BRISA SENTIU UMA ONDA DE FELICIDADE AO OUVIR AS PALAVRAS DA MÃE. ELA SABIA QUE TERIA QUE ESTUDAR MUITO E ENFRENTAR MUITOS DESAFIOS, MAS SEU CORAÇÃO ESTAVA CHEIO DE ESPERANÇA.

ALGUNS MESES DEPOIS, BRISA TEVE UMA OPORTUNIDADE INCRÍVEL. O PEQUENO HOSPITAL DA CIDADE ESTAVA ORGANIZANDO UM PROGRAMA DE VOLUNTARIADO PARA JOVENS, E BRISA FOI UMA DAS PRIMEIRAS A SE INSCREVER. NO PRIMEIRO DIA, ELA ESTAVA TÃO NERVOSA QUE MAL CONSEGUIA SEGURAR AS MÃOS.

NO HOSPITAL, ELA CONHECEU A ENFERMEIRA-CHEFE, DONA MARINA, UMA SENHORA EXPERIENTE E MUITO GENTIL.

— OLÁ, BRISA! SEJA BEM-VINDA. ESTOU MUITO FELIZ EM VER JOVENS COMO VOCÊ QUERENDO AJUDAR. VAMOS COMEÇAR?

BRISA ASSENTIU, SENTINDO O CORAÇÃO BATER MAIS RÁPIDO. AO LONGO DAS SEMANAS SEGUINTES, ELA APRENDEU A MEDIR PRESSÃO ARTERIAL, AJUDAR NA TROCA DE CURATIVOS E, O MAIS IMPORTANTE, A OUVIR OS PACIENTES.

UM DIA, BRISA CONHECEU O SR. JOAQUIM, UM SENHOR DE IDADE QUE ESTAVA INTERNADO POR CONTA DE UMA PNEUMONIA. ELE PARECIA MUITO SOLITÁRIO, E BRISA DECIDIU QUE FARIA DE TUDO PARA ANIMÁ-LO. ELA SENTAVA-SE AO LADO DELE, OUVIA SUAS HISTÓRIAS E LEVAVA PEQUENOS PRESENTES, COMO FLORES DO JARDIM DE SUA CASA.

— SR. JOAQUIM, HOJE EU TROUXE UM LIVRO DE POESIAS. POSSO LER PARA O SENHOR?

OS OLHOS DO SR. JOAQUIM BRILHARAM DE ALEGRIA.

— CLARO, BRISA. EU ADORARIA.

ENQUANTO BRISA LIA, ELA VIA O SORRISO NO ROSTO DO SR. JOAQUIM CRESCER. AQUILO A MOTIVAVA AINDA MAIS. ELA SABIA QUE ESTAVA NO CAMINHO CERTO, QUE SEU SONHO ESTAVA SE TORNANDO REALIDADE.

CERTA NOITE, BRISA ESTAVA EXAUSTA DEPOIS DE UM LONGO DIA NO HOSPITAL, MAS SENTIA-SE INCRIVELMENTE REALIZADA. AO CHEGAR EM CASA, ENCONTROU DONA CLARA ACORDADA, ESPERANDO POR ELA.

— COMO FOI O SEU DIA, MINHA QUERIDA?

BRISA SORRIU, OS OLHOS BRILHANDO DE EMOÇÃO.

— FOI MARAVILHOSO, MAMÃE. SINTO QUE ESTOU FAZENDO A DIFERENÇA NA VIDA DAS PESSOAS. QUERO CONTINUAR, QUERO SER ENFERMEIRA DE VERDADE UM DIA.

DONA CLARA A ABRAÇOU, EMOCIONADA.

— VOCÊ JÁ É UMA ENFERMEIRA DE CORAÇÃO, BRISA. E COM ESSA DETERMINAÇÃO, SEI QUE VAI ALCANÇAR TODOS OS SEUS SONHOS.

OS ANOS PASSARAM, E BRISA SE FORMOU EM ENFERMAGEM, REALIZANDO SEU GRANDE SONHO. ELA VOLTOU PARA SUA CIDADE NATAL, TRABALHANDO NO MESMO HOSPITAL ONDE COMEÇOU COMO VOLUNTÁRIA. E TODOS OS DIAS, ELA SE LEMBRAVA DAS PALAVRAS DE SUA MÃE E DO SORRISO DO SR. JOAQUIM, SABENDO QUE, COM AMOR E DEDICAÇÃO, ERA POSSÍVEL TRANSFORMAR O MUNDO AO SEU REDOR.

E ASSIM, BRISA CONTINUOU A ESPALHAR SEU AMOR E CUIDADO, TORNANDO-SE UMA VERDADEIRA INSPIRAÇÃO PARA TODOS QUE A CONHECIAM. E A CADA NOVO DIA, ELA TINHA A CERTEZA DE QUE, COM PAIXÃO E ESFORÇO, QUALQUER SONHO PODE SE TORNAR REALIDADE.