Contos doTio-Avô
Saulo Piva Romero
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ERA UMA VEZ UM HOMEM CHAMADO PANCHO. ELE TINHA UM LONGO BIGODE, UMA PANÇA ENORME E USAVA UM SOMBREIRO NA CABEÇA PARA SE PROTEGER DO SOL QUENTE DO DESERTO MEXICANO. ELE TAMBÉM TINHA UM BURRINHO CHAMADO PABLO. PABLO ERA UM BURRINHO VELHO E CANSADO DE TANTO CARREGAR PANCHO COM SUA PESADA PANÇA EM SEU LOMBO. ISSO FEZ COM QUE PABLO AO PASSAR DOS ANOS SE TORNASSE MUITO PREGUIÇOSO.
E QUANDO ELE CISMAVA DE EMPACAR EM PLENO DESERTO COM UM SOL CALIENTE NÃO HAVIA NINGUÉM QUE O CONVENCESSE A CONTINUAR CAMINHANDO.
PANCHO NÃO ESTAVA MAIS AGUENTANDO VER O SEU BURRINHO SE REBELAR CONTRA ELE QUANDO SAÍAM EM VIAGEM PELO DESERTO.
ENTÃO, ELE DECIDIU QUE IRIA VENDER O BURRINHO PREGUIÇOSO NO MERCADO.
ENTÃO, ELE MONTOU NO LOMBO DO SEU BURRINHO E PARTIU PARA O MERCADO DA VILA MAIS PRÓXIMA DE ONDE ELE MORAVA.
MAS, O BURRINHO EMPACOU NO MEIO DO CAMINHO COMO SEMPRE FAZIA NOS ÚLTIMOS ANOS.
ISSO FAZIA COM QUE PANCHO FICASSE MUITO IRRITADO COM O BURRINHO E ELE CRAVAVA AS ESPORAS COM FORÇA EM SEU LOMBO O OBRIGANDO A SE LEVANTAR DEPRESSA.
NESSE MOMENTO UM HOMEM QUE PASSAVA AO LADO DELES VENDO A CENA NA QUAL O MEXICANO MALTRATAVA O SEU BURRINHO, DISSE:
-  O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA PARA LEVAR UM BURRINHO ESTRADA AFORA E MALTRATÁ-LO DESSE JEITO? COMO QUER QUE ELE CAMINHE RÁPIDO COM A SUA ENORME PANÇA FAZENDO PESO NO LOMBO DELE E AINDA CRAVANDO AS ESPORAS SEM DÓ.
A PACIÊNCIA DO BURRINHO TAMBÉM TEM LIMITE E FOI POR ISSO QUE ELE SE TORNOU UM ANIMAL TEIMOSO, CANSADO E PREGUIÇOSO.
ENTÃO, O MEXICANO ENVERGONHADO COM A SUA ATITUDE PARA COM O BURRINHO, AGRADECEU AO HOMEM POR ELE TER CHAMADO A SUA ATENÇÃO E PROMETEU QUE  DESSE DIA EM DIANTE ELE NUNCA MAIS MALTRATARIA O POBREZINHO DO BURRINHO.
ASSIM QUANDO AQUELE HOMEM FOI EMBORA, O MEXICANO DESCEU DO LOMBO DE PABLO E OLHOS BEM NO FUNDO DOS SEUS OLHINHOS LHE DISSE:
- EU LHE DEVO UM PEDIDO DE DESCULPAS, POIS, EM TODOS ESSES ANOS EU LHE EXPLOREI E LHE MALTRATEI. AGORA É A MINHA VEZ DE LHE RETRIBUIR TODOS ESSES ANOS EM QUE ME SERVIU FIELMENTE.
ENTÃO, PANCHO AMARROU AS PERNAS DO BURRINHO NUM PAU E LÁ SE FOI CARREGANDO O BURRINHO COM AS PATAS PARA CIMA CARREGANDO PABLO AOS TROPEÇÕES ATÉ O MERCADO.
E QUANDO PANCHO CHEGOU LÁ, TODOS RIRAM DA CARA DELE, TANTO QUE O MEXICANO FICOU ZANGADO NAQUELE MOMENTO SE ESQUECEU DA PROMESSA FEITA AO BURRINHO E JOGOU O COITADINHO NO RIO E VOLTOU PARA CASA AINDA RECLAMANDO E PENSANDO ALTO.
IMEDIATAMENTE O BURRINHO COMPLETAMENTE INDEFESO COMEÇOU A SE DEBATER E A ZURRAR SEM PARAR.
E POR UM ACASO DO DESTINO AQUELE MESMO HOMEM QUE HAVIA ACONSELHADO PANCHO A TRATAR O SEU BURRINHO COM MAIS AMOR E CARINHO, MERGULHOU NO RIO E SALVOU A SUA VIDA.
O HOMEM RETIROU O BURRINHO DO RIO E FOI CAMINHANDO ESTRADA AFORA ATÉ QUE FINALMENTE ENCONTROU A FAZENDINHA ONDE PANCHO MORAVA. QUANDO O HOMEM CHEGOU LÁ E ENTROU NA FAZENDINHA, ELE SE DEPAROU COM UMA CENA QUE O DEIXOU ASSUSTADO, AO INVÉS DE ENCONTRAR O MEXICANO COM QUEM HAVIA CONVERSADO, DEU DE CARA COM UM BURRO VELHO COM UM SOBREIRO NA CABEÇA E LONGOS BIGODES.
ENTÃO, O HOMEM DISSE:
- EU NÃO DISSE PARA VOCÊ TRATAR O SEU BURRINHO COM MAIS AMOR E CARINHO. E VOCÊ TORNOU A PECAR, POIS, JOGOU O POBREZINHO DO BURRINHO NO RIO E OLHA NO QUE DEU SUA TEIMOSIA, POIS, QUANDO A CABEÇA NÃO PENSA O CORPO EMBURRECE.

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 03/09/2019
Alterado em 23/01/2024
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