ERA UMA VEZ UMA FAMÍLIA QUE VIVIA ACOMODADA EM UMA CAVERNA MUITO ESCURA. NESSA CAVERNA MORAVAM OS SAPIENS QUE ERAM CONHECIDOS COMO OS HOMENS DAS CAVERNAS. ELES ERAM UMA FAMÍLIA COMPOSTA POR TRÊS IRMÃOS QUE PERDERAM SEUS PAIS QUANDO AINDA ERAM CRIANÇAS. ELES SE CHAMAVAM HORÁCIO SAPIENS, MINERVA SAPIENS E PEDRO SAPIENS. ELES AMAVAM FICAR QUASE QUE O DIA INTEIRO DENTRO CAVERNA ONDE MORAVAM, POIS, NÃO GOSTAVAM MUITO DA AGITAÇÃO DO MUNDO QUE EXISTIA FORA DOS LIMITES DAQUELA CAVERNA QUE PARA ELES ERA MUITO ACONCHEGANTE E AO MESMO TEMPO SILENCIOSA. A CAVERNA DOS IRMÃOS SAPIENS SÓ NÃO ERA UMA COMPLETA ESCURIDÃO POR CAUSA DA PRESENÇA DE UMA FOGUEIRA, NA QUAL ELES ASSAVAM OS ALIMENTOS PARA SACIAREM A FOME, POIS, A FAMÍLIA SAPIENS ERA FAMINTA E TINHAM UM APETITE IGUAL A DE UM MAMUTE. ELES SÓ SAÍAM DA CAVERNA PARA CAÇAR E PESCAR. ELES VIAM MUITO POUCO A LUZ DO SOL, POIS, O SOL EMBARALHAVA COMPLETAMENTE A VISÃO DOS IRMÃOS SAPIENS E ISSO OCORRIA PORQUE ELES ESTAVAM TOTALMENTE ACOSTUMADOS A VIVER NA ESCURIDÃO DAS TREVAS.
ELES AMAVAM ASSAR UNS FILÉS DE JAVALI E ASSIM PASSAVAM MUITAS HORAS EM VOLTA DA FOGUEIRA COMENDO E JOGANDO CONVERSA FORA. ELES ESTAVAM TÃO HABITUADOS A PASSAREM A MAIOR PARTE DO DIA PESOS DENTRO DA CAVERNA DESDE A INFÂNCIA QUE NEM SE IMPORTAVAM MAIS EM CONHECER O MUNDO FORA DOS LIMITES DA CAVERNA. ELES ESTAVAM TÃO APEGADOS A ROTINA DAQUELA ACONCHEGANTE E ESPAÇOSA CAVERNA QUE JÁ NÃO CONSEGUIAM NÃO SE MOVER PARA LUGAR ALGUM, POIS ERA COMO SE ESTIVESSEM ACORRENTADOS COM CORRENTES NOS SEUS PÉS QUE DEIXAVAM OS TRÊS IMOBILIZADOS E COMPLETAMENTE ISOLADOS DO MUNDO QUE EXISTIA DO LADO DE FORA DA CAVERNA. ELES FICAVAM SEMPRE VIRADOS DE COSTAS PARA A ENTRADA DA CAVERNA, POIS, OS IRMÃOS ERAM MUITO TÍMIDOS E SE PERMITIAM APENAS A VER O FUNDO DA CAVERNA ONDE ENCONTRAVAM O MELHOR MEIO PARA FACILITAR A COMUNICAÇÃO ENTRE ELES. ENTÃO, ELES DEPOIS DAS REFEIÇÕES PARA SE DISTRAIR E ALIVIAR AS TENSÕES E CONFLITOS VIVIDOS NA ESCURIDÃO DAS TREVAS DESENHAVAM FIGURAS E PAISAGENS LINDAS NAS PAREDES DO SEU LAR DOCE LAR. CONTANDO COM A PEQUENA ILUMINAÇÃO PRODUZIDA PELO FOGO QUE CREPITA NA FOGUEIRA QUE PERMANECE ACESA É POR ALI NAQUELA PEQUENA PAREDE QUE OS IRMÃOS HORÁCIO, MINERVA E PEDRO VEEM HOMENS TRANSPORTANDO COISAS, MAS COMO A PAREDE OCULTA O CORPO DOS HOMENS, APENAS AS COISAS QUE TRANSPORTAM SÃO PROJETADAS EM SOMBRAS E VISTAS PELOS TRÊS IRMÃOS PRISIONEIROS NA PRÓPRIA CAVERNA. MAS CERTO DIA, O TÉDIO E A TRISTEZA ALCANÇARAM OS CORAÇÕES DOS IRMÃOS SAPIENS. ENTÃO, CANSADA DE VIVER UMA VIDA PREGUIÇOSA E SEM SENTIDO, MINERVA, A IRMÃ MAIS NOVA FINALMENTE SE LIBERTA DAS CORRENTES QUE A MANTINHA IMOBILIZADA E OUSA SAIR PARA FORA DOS LIMITES DA CAVERNA E É SURPREENDIDA COM UMA NOVA REALIDADE. NO ENTANTO, A LUZ DA FOGUEIRA, BEM COMO A LUZ DO SOL MACHUCAM OS SEUS OLHOS, POIS, MUITO RARAMENTE ELA HAVIA OUSADO SAIR DA ESCURIDÃO DAS TREVAS. OS DOIS HOMENS ENCORAJADOS PELA ATITUDE DA IRMÃ BEM QUE TENTARAM SAIR DA CAVERNA PARA IR AO ENCONTRO DA LUZ. MAS, ELES AO CHEGAREM PRÓXIMO DA ENTRADA DA CAVERNA ABATIDOS PELA PREGUIÇA, DESÂNIMO E COVARDIA VOLTARAM PARA O FUNDO DA CAVERNA E CONTINUARAM ACOMODADOS NA VELHA CEGUEIRA QUE OS ACOMPANHAVA DESDE OS TEMPOS DE CRIANÇAS. HORÁRIO E PEDRO NÃO QUISERAM SE LIBERTAR DAS TREVAS E SE MANTIVERAM NA ESCURIDÃO PERDENDO A OPORTUNIDADE QUE O CRIADOR DA TERRA, CÉU E MAR HAVIA DADO PARA ELES CONHECEREM UM NOVO HORIZONTE, DEIXANDO QUE A PREGUIÇA E A CEGUEIRA GUIASSEM A SUA VIDA. ELES FICARAM ACORRENTADOS PARA SEMPRE NA ESCURIDÃO DAS TREVAS SE TORNANDO PRISIONEIROS DO PRÓPRIO DESTINO QUE CONSTRUÍRAM AO LONGO DA VIDA, POIS, NEM SE ESFORÇARAM PARA ENXERGAR O MARAVILHOSO BRILHO QUE A LUZ DO MUNDO PODERIA ACRESCENTAR NAS SUAS VIDAS. JÁ A IRMÃ MINERVA CONTINUOU A VER A LUZ DO MUNDO TODOS OS DIAS NO BRILHO DO SOL, NO CANTO DOS PASSARINHOS E NO SUAVE PERFUME DAS FLORES.